Entrances

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Olhar sobre o poeta




Olhar sobre o poeta


O aprendiz


Nos descalabros portais,
Onde aluminava funesto poeta,
Com suas rotinas e rituais,
Ao degustar a sangria do saber
Tolo bem ou mal, sem saber viver.


Que enfermo não sabia sobre a alma,
Que possui o maldito artista,
Embriagado, com o sofrer dos sentimentos
Um pacto assinou, jazendo em chamas
Seu corpo, sem nenhum lamento.


De sua psique que compôs,
Tudo que era vil em poesias,
Fazendo em prantos, corações de reis!
Era nominal e tinha maestria.
Vítima de estupenda e oculta arte,


Mesmo jazendo sobre dores de infarte,
Como em um raiar do sol,
Que iluminava a massa cinzenta,
Impregnando-se qual odor de formol
Do cadáver que nunca se decompôs.


O pacto


Nos mais antigos manuscritos,
Estava ali quando Lúcifer surgiu,
Descrito em ancestrais línguas,
O momento em que Ubel subiu,
Para fazer nascer o oculto.


O que meus olhos a ver se negaram,
O nascer de toda obscura arte
Até meus medos, sucumbiram.
Ao ler profano pergaminho,
Onde no mais austero leito da morte.


Provém o único caminho!
Era o ritual do antigo celta
O grandioso e oculto, mestre poeta.
Mas em tal pacto o mal havia,
Lúcifer dando sua dádiva, profano.


Tal pacto nunca morreria,
Nas mais longíquas gerações,
Tudo tornou-se vil e insano,
A decorrer de eternos anos,
Sendo torturado pelas criações!


A maldição


Podre, aquele tolo fora,
Fazendo conjurar o demônio,
Qual equações de polinômios,
Solucionado sem certa destreza,
Fazendo recitar toda as trevas.


Veio em forma de nobreza,
O que lúcifer convocou,
Fazendo corroer futuros poetas,
As palavras que a mente sussurra,
Todas donde as bestas urram.


Foram atraídos pela besta,
Que amaldiçoou fúnebre coração,
Extraindo a felicidade,
Deixando-os no choque de realidade,
Comovido com falsa ilusão.


Contos escritos por seus pseudônimos,
Eternizados de formas horrendas,
A beleza nas formas violentas,
Deixadas nos mortos ventos
Pelos amaldiçoados, anônimos!


Anormal


Era anormal o modo que usava,
Das lamúrias e mágoas,
Entoavam o que havia de airoso,
Suavizando até as brutais chagas,
Que vulgo "Cronos", deixava.


Eram de vidas e corpos obscuros,
Com seus gostos primitivos,
Onde todos viam o complexo,
O normal, nunca perceberia nexo.
A beleza da morte, nos seres vivos.


Notavam a beleza no escuro,
E o frio assombroso da morte,
Nada mais era que a sorte,
Seres que viram a rosa negra,
Na perfeita performance, Grega.


Onde ouviram os gritos infernais,
Soneteavam sobre os abissais,
As grutas que a morte espreitava
Era a forma, em que o mal morava.
Poetas ungidos ou insanos?


Nas trevas longas e infinitas,
Observaram-se jazendo em ruinas,
Sensações a eles implícitas,
Toda aquela dor era desumana,
Ao carregar o fardo dos humanos.


Eterno


Revelando-me foi o cruel porte,
A maldição era colossal,
Em labaredas qual fogo infernal,
Vendo-se esvair tudo em um corte,
Observei que não era um sonho.


Vi que todo aquele mal,
Aos pobres fora medonho,
Não sabiam o que tanto amavam,
Era cruel, vulgar e anormal.
Somente no choro do luar, nascia.


Nós todos em noturno leito,
Ao mundo que se faz em penúria,
Do pouco que compreende tal injuria,
Morrendo em seu negro peito,
E os tantos que jaz nessa terra.


Eu vos deixo a marca obscura,
Composta em melancólica partitura,
Tão nobre e astuto porém tolo,
Ao convocar a maldição da poesia,
Porém trouxe a mórbida alegria.


Vivemos de espetacular maldição,
Com as dores mudanas,
Escrevemos de formas profanas,
As verdades dum coração,
Que morre pela extrema inspiração.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Espectral Nascimento

Espectral nascimento


Defronte do seu inevitável velório,
O cintilante brilho a ofuscar os olhos
A lamúria no semblante do filho
Notava-se, nada era ilusório.


Tantas almas num místico, espectral
Valsar, para do corpo se dissipar,
Era nobre e belo o ritual a iniciar.
Sendo concebido o segredo ancestral.


Pois céu e inferno eram vis,
Querendo engolir-me qual serpentes,
Outro escravizar corpo e mente,
Bastardos, era tolos e infantis.


E o que aguarda do eterno descanso,
Já não era, perturbado por lamentos,
Por ter deixado dores e sofrimentos,
Os sentimentos tardios sem remanso.

Histórias Eternas

Histórias eternas


Contemplando a loucura estelar,
Observei a imensidão do céu,
Tudo era negro, coberto por véu,
E notei o perfeito, valsar.


As lendas que ali jaziam,
Na mais perfeita história primordial,
Onde tudo era puro e jovial,
E, seus semblantes sempre sorriam!


Absorvendo os conhecimentos antigos,
Desconhecidos qual morte,
Para todos procuram, vil porte!
Do saber infinito, eu mal digo.


Que no nascer do obscuro
Poucas palavra para as incertezas,
O céu que desmoronou, com tal nobreza
As palavras do amor mortas que perduro!

Noturno

Noturno


Percebi com certo ressentimento,
Que atraído era pelo obscuro,
Era airoso o que tanto procuro.
No útero de meu surgimento


Escrevendo o que as más-línguas,
No fúnebre ar, das trevas infernais.
Tanto diziam ao sussurrar: jamais.
Iludindo minha essência qual ninfas!


Compreendi que minha psique jazia,
No contemporâneo, o futuro era em vão,
Absorto em toda aquela horrenda alusão,
Somente o inane corpo, ali havia!


Assombrado no prematuro enterro,
Onde observei-me jazer eternamente,
Refletindo o que levou-me ao insanamente,
Fóbico ao perceber a alma em seu desterro.

Aos mortos por amor

Aos mortos por amor


Lembro-me de cada história trágica,
Algumas reais outras fantasiosas,
Percebi o amor em sua forma graciosa,
O fim que era a morte, porém mágica.


Eu que exprimi em palavras,
O que Romeu sentiu por Julieta
Para corromper a massa cinzenta,
Afogando-se em lamúrias macabras


Compreendia cada lágrima derramada
Nos pés da amada, no gole envenenado
O gosto do vinho, os motivos inválidos
E todo mal em forma sagrada.


Eu, na mais profunda loucura,
Percebi a grande epifania,
Ao notar a alma ali em inânia,
Que havia na extrema penumbra.


O cérebro em estado de ebulição,
Do despertar dum abissal coma,
Romeu a contar-me, ardeu em chamas
Expressando os sussurros do coração


-Eu, a você pobre poeta lhe trago!
O motivo que perturba-me, eternamente
Pedindo que escute atentamente.
O que meu coração disse, eu lhe digo:


-Porque viver nessa vida malévola?
Se não vivemos sem o amor dela,
Peço que fuja dessa realidade paralela,
Para não sofrer sobre a cripta frívola


-Era tão nobre, porém tão infeliz,
O que por ela, ele sentia
E tive pelo vulto grande simpatia,
Vendo que o pobre queria jazer feliz.


Logo notava seu semblante tomado,
Pelo vazio e tudo era amaro,
Notando que não fora tão sincero,
Observei que pesado fardo, era perdurado.


O choro que tomou-lhe qual criança,
Assustada pela morte dos pais,
Com medo de não vê-los nunca mais,
Pobre Romeu não tinha esperança.


Compreendi as razões vis e amargas,
Que no rosto do rapaz pulsava,
E no escuro lamentava,
A eternidade marcada por mágoas.

Monstro Bahugera

Monstro Bahugera


Nas entranhas da profunda caverna,
Ouvi a horrenda besta rugir,
Breve de lá eu tentei fugir,
Perseguiu-me por bares e tavernas


Até nos mais distantes sonhos,
Maldita queria consumir-me,
Até enferma alma queria destruir-me.
Perturbando-me com seus negros olhos,


No Alento de um fúnebre jazer,
Veio até mim revelar a forma grotesca,
Era vil, horrenda e gigantesca!
Somente seu aspecto fazia-me sofrer.


Eu, única alma que pude descrever
Cada sensação que rasgava o desespero,
Arrancando-me o fôlego e suspiro,
Até o momento que poderia, morrer!


Era vil e todo mal possuía
Cada angústia em seus tentáculos
O guardião das trevas, ser imaculado.
E tudo que era vivo perto dele morria!


Era velho até mesmo para os anjos,
Ser nominal e de malícia primordial
Nem a morte veria jazer ser desleal
E toda chaga era dispersa por seu manto.


Astuto e horrenda aquilo era,
Única palavra para descrever: medo,
Ser infame que medo desconhecido,
Controlava quando emergiu das trevas


Aos pés de tal fera pude jazer,
Porém tal nunca consegui descrever!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Qual?

Qual?


Eu, filho da vida e do carbono
Nascendo concebido, de ato físico
Possuo, mil compostos químicos
Que há no peito de vis humanos,


Sou o fruto da mãe natureza,
Refletida a força de gaia,
Como as verdades mais,
Ofuscado defronte de tanta incerteza!


Trapaceando o mundo com mentiras,
Notei no eco da funesta melodia,
Que entoaram da bíblia e suas profecias,
Qual grande babilônia que, ruíra.


Pergunto-me com mil questões,
Que sufoca-me garganta e pulmões,
Qual sentido da finita vida?
E as questões são no tempo esquecida?


Desde o nascimento de minha 'lma
Sonhadora e poeta, porém incrédula
Mas te todo fim dócil e malévola,
Aguardo o que mantem a cabeça calma,


Crendo que em qualquer instante
Venha jazer a vida finita!
Fazendo-me partir, sem a resposta
Pela qual eu vivo relutante!


No ápice da vida como "julgam"
Preocupa-me o intrépido futuro,
Espero não ter de partir prematuro,
Para todos que nos crucificam.


Nos contos que tanto digo da morte,
Acalma-me a ilusão do vil sentimento,
Qual inventor entretido com seus inventos,
Afastando-me de cruel e vil porte,
Pois receio a morte num golpe de má sorte.


Espero morrer velho com as certezas.
Que pergunto a mim desde de a infância,
Falando com pueril e tanta inocência,
Da dor e do amor com tamanha beleza.


No amplo e funesto seio que eu resido,
Agrilhoado no que eu chamo de vida,
Só saberei certas respostas na partida,
Enquanto sou destinado a vagar perdido,


Crendo que em qualquer momento,
Venha jazer a vida finita.
Fazendo-me partir. Sem a maldita,
Resposta pela qual vivo relutante!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Bahugera

Bahugera


Na penumbra onde vaga, ser estranho
Que possuí aspecto e nome indizível,
Procuro por uma resposta solúvel,
Para exprimir esse fato, enfadonho!


Sabendo o que ali vivia era vil e astuto,
Uma horrenda besta em forma de fera,
Que chamei pelo nome de Bahugera,
Para os deuses sua forma, era insulto!


Fugindo-me as palavras e a voz,
Para expressar o que a besta rugiu
Fazendo tudo no breve momento, ruir
Entalando-me o medo na garganta, em nó.


E como no despertar de um pesadelo
Eu morri, nas entranhas da caverna.
Feito bêbado desmaiado na taverna,
E embriagado passei a teme-lo.


Sentia seu corrosivo anélito,
Perfurar-me como a fria lâmina
Que fez jazer a carne desumana,
Transformando o vivo em morto.


Fugindo-me as palavras e a voz,
Compreendendo as razões do medo
E todo temor que era desconhecido,
O desespero da garganta entalada em nó!


-Eu que já era velho, no princípio.
E a terra foi um profundo abismo,
Não se tratava de grande eufemismo,
Eu já era velho quando nasceram os egípcios!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Aeternus

Aeternus


Bestializado, com vil e airoso ritual,
Eternizado pelo azul estrelado,
Que oculta as réstia do passado,
Antes do próprio sepulcro primordial.


Aqui, onde sou descendente do nada!
Presencio, longínqua dor d' um enfarte,
Notável qual vermelho escarlate!
A fantasia do tolo pobre, encantada.


Eu, que entoo a beleza noturna,
E o que nela há de místico e oculto,
Qual morte, em seu seio fúnebre.


Na fantasia onde padecem os vultos,
Agrilhoados nas ilusões eternas,
Condenados na penumbra deste casebre!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Cinzas


Cinzas


Aqui jaz a sombra do que era,
No dia que tudo era escuro,
E, eu era impuro como o barro
Que emergiu direto das trevas!


Toda fantasia que a mim foi vil,
Se corroeu como num epitáfio
Num sepulcro frívolo e pueril,
Por insanos que foram, sábios.


Aqui jaz a sombra do que era,
Enquanto adormecia nos portões,
Do sono, contornado por trevas
Ouvindo o timbre das canções.


No austero leito, onde jaz o corpo
Porém minha 'lma que voa livre,
Em incansáveis horas pelo orbe,
Aqui onde nunca repousa o tempo.


Eu, como a lendária ave, fênix
Que ressurgi de suas cinzas,
Sonho renascer da lava vulcânica,
E banhar minha essência no cálice


Aqui jaz a sombra do que era,
No dia que tudo era escuro,
E, eu era impuro como o barro
Que emergiu direto das trevas!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A pintura





A pintura


Mórbido e frio no fundo do quarto,
Estava ali o que jaz há tanto tempo,
Perturbado pelo indizível e vil minuto
Absorto no que há, o eterno luto!


Ofuscava-me a perfeita anatomia,
Estendendo-se pelos outros o funesto
Semblante, perdurando sob o corpo
Lágrimas escoavam e total inania.


O desespero sem fim da mãe pelo filho
Horrenda, a cena que foi-se eternizada.
Onde as réstias do vulto é mais nada.
Donde se repetem gritos de dor e o barulho.


Jazendo ali ser de extrema alvura,
Repousado sob o seio da mãe em prantos.
Com a inocência de criança e seu encanto,
A morte de cristo na perpétua pintura

Lycanthia




Lycanthia


Desnorteada, a alma que aqui jaz
No vasto mortuário e frio luar
E o molde tão cheio, refletido ao mar
Assistindo espectral dança, jamais!


Enegrecendo o corpo quente e a psique fria
Sucumbindo-se por extrema agonia e ira
Ao uivar aos céus, enquanto rogo pela cura
A enferma maldição, que ecoa-se em dias


Nesta fúnebre e eterna escuridão
Fitei a lua, que malfadou-me, a vagar
Oh! Maldita, aos longíquos anos a zombar
Enquanto desventura-me com vil ilusão


Simplória e doce a voz que recita a poesia
Enquanto gozo de total consciência
Pois sou vítima de ancestral magnificência
Que no oculto revela-me: Oh! Lycanthia!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Doravante

A noite não é fria, no entanto é longa,
Os sonhos que se perduram são eternos
Não pesa-me dizer: eu te amo, no inverno.
Pouco angustia-me as diversas rusgas!


Desabrochando feito flores primaveris,
Logo, desfazendo como dentes de leões
Cedendo sobras de suas tantas gerações
Transportando traços de vibrações, vis


Absorto no reflexo do seu sorriso cintilante,
Ríspida e benigna trama que acorrenta-me,
Qual louco nas garras, intrépido, destino!


Não avisto o que há de puro e cristalino,
Por hora a insensatez, persegue e corrói-me,
No austero e duro amor, que há doravante!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Córtex Cerebral


Córtex Cerebral

Cômodo sob esse, gramado morto
Folhas secas, sem o odor do orvalho.
Fito a funesta valsa cósmica, vultos
Esgueirando-se a sombra dos galhos,

Jaz os cadáveres, que aguardam a epifania
Verdadeira, agonizam, suplicando o destino
Seus corpos, não lhe dizem respeito, o divino!
A Psique, imersas em demasiada inania.

O concreto das réstias do pretérito.
Vem e vão num ciclo, -raios, inferno,
Brado por qualquer sentimento materno,
Enquanto rogo a ungido, pai e cristo!

Amaldiçoado, e o ciclo que cansa-me o espirito,
Aflito, com a voracidade que tudo se refez,
Onde reconheço, os estridentes gritos
No reflexo do lodo, do que nunca se desfez!

domingo, 20 de novembro de 2011

Amaro

Amaro

Leve é o sono e a noite longa,
O azucrinante tic a amofinar-me,
Do relógio qual sanguessuga
Extraindo o sono, após despertar-me!

A ânsia que perdura em minha boca,
Embrulhando-me da goela as vísceras,
Análogo ao mascar do ferrão das abelhas
Simplório com o mar bravio de ressaca.

Imprimindo-me a força do vômito,
Alojada na quina de minha garganta,
Por trás de toda cortina do teatro,

Do sábio e do obducto, restrito
É o paladar dessa ânsia de poeta,
Sabor do vocábulo doce e amaro!

A rosa negra

A rosa negra

Como uma alma que se refugia
Na solidão, com enorme frieza
Fazendo-se refém da sua covardia
Demasiando-se em fiel incerteza.

A matéria que somos, não orgânicas
Mas sim espectral, no seu retraimento
No auroreal momento, do nascimento,
Que foi esculpida das cinzas vulcânicas!

Desfazendo-se da parte negra do orbe,
Fúnebre seu linguajar, réstias da ruína
Mortífero como um corrosivo anélito

Em teu seio esconde ampla desfortuna
Proprietária de maldito porte, erudito
Oh! Rosa negra, dama de beleza, uniforme!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Retrato do Luar

Retrato do Luar


Absorto naquela luz longínqua e brilhante,
Via magnífica obra-prima, renascentista.
Inspirando grandiosos e únicos artistas.
Tanto sentimento do inanimado semblante!


Conversei com a obra-prima da natureza,
Enquanto ludibriava a dor que me agonizava
Lamuriava pouco a pouco qual a chuva,
Que ali caia, enquanto cortejava sua beleza


No eterno ciclo amaldiçoado que perdura,
A réstia do que sobrou de um, poeta.
Vendo passar como as folhas da primavera.


No meu jazigo onde descansa o corpo moribundo,
Como em meus loucos sonhos vis e profundo,
Digo-lhe um adeus eterno em minha lápide descrita!

Penumbra

Penumbra


Agora lembro-me com certa clareza
Sonhos sem fins, vis e agonizantes!
Aos berros estridentes, sufocantes.
Cultivando em mim aquela certeza,


Tão horrenda a cena que se repete,
Alojada no meu subconsciente.
Qual vulto que urge de repente,
Nesse vasto e cósmico agente!


Tétrica era a face cadavérica,
Feito um cadáver decomposto,
Que amedrontava me os olhos!




Observando-me como em um espelho,
Que vê através da forma física e métrica,
O abismo em que se prega em meu rosto!

sábado, 29 de outubro de 2011

Diálogo de um só

Diálogo de um só

Nota-me com uma certa diferença
Em minhas pálpebras que escondem
Um desprovido vil caso do além
Sinto-me como uma infeciosa doença

Nesse beco que oculta-me a visão
Distorcendo o que há de fúnebre
Obrigando-me a um velho casebre
Em que vejo uma eterna maldição

Ao nascer desse inverno que perdura
Meus eternos contos, cruel, eu te amo
Porém, moribundo no canto lhe chamo
Aqui desprovido de uma cura

Observo-me como um réu presente
Absorto nesse fatídico surrealismo
Um reflexo do louco, fanatismo?
Palavras de um pútrido poeta doente!

O templo

O templo

Ao longe dessa galáxia eu observei
Que em um, oculto e místico embalar
Na torre que desbravava o mar
Uma grande e magnífica... Avistei?

Fugia aos meus olhos o esplendor
Dessa tamanha e insana ousadia
Em que esse povo vil, persuadia
Fazendo o mar se curvar: Oh! Senhor

Uma poderosa e oculta tecnologia
Fazendo levitar o puro concreto
Abalando os meus, pensamentos
Ao ver tamanha e vil anomalia

Com o nome dessa deusa besta!
Anaethe é seu profano nome
E meu espírito que jaz em fome
Por essa sabedoria, obscura e culta.

Ao longe dessa galáxia eu observei
Que em um, oculto e místico embalar
Na penumbra desse morto luar
Terra distante que jamais saberei

Absorto ao ver mil humanóides
Todo o seu nome a louvar
Suas faces sem dores e pesar
Pelos temores do mortuário Hades

Fugia aos meus olhos o esplendor
A beleza monumental da arquitetura
Erguido de uma energia ungida e pura
Fez-me curvar e disser: Serás meu senhor!

Último julgamento

Último julgamento

Neste solo amaldiçoado, vil dormente
Resguardo minha enlouquecida alma,
Jazendo sobre uma ungida calma,
Na noite eterna e esse sol poente!

Aqui onde embriago meu funesto corpo
Com esse néctar mais que maldito,
Aterrorizado pelo divino veredito,
Onde sou conhecido com o réu de todos!

Neste mausoléu vejo seus semblantes
Na penumbra do único e o escuro.
As incertezas, desse templo obscuro!
Pobre insano, de sua dor real amante.

Aqui onde embriago meu funesto corpo,
Com esse néctar mais que maldito,
Observo o reflexo do moribundo morto!
Com as certezas do vil universo, desconhecido.

Vejo que tão longínqua e profunda é a morte
Magnânima, sua face o mundo desconhece
Porém os d' um sono tão belo, a conhecem
Dignos de um abençoado de iníquo porte!

Neste solo amaldiçoado, vil dormente.
Resguardo minha enlouquecida alma,
Jazendo sobre uma ungida calma,
Na noite eterna e esse sol poente!

Poema das três

Poema das três

O que há de expressar a minha 'lma
Essa ingênua e pequena criança,
Dos meus pensamento, ilusão falsa.
Quem me ve absorto nessa vil calma!

Fazendo-me lamentar os finais
Os meus versos tão sinceros,
Aqui lápido com tamanho esmero,
Dizendo a mim: Nunca mais!

Palavras inunda-me a cabeça
Feito uma gigantesca enchente!
Destruindo réstias da minha mente,
Impõe a mim mil e uma incertezas.

Sou fiel a esse pútrido mecanismo,
Observo como poe, amaldiçoado.
Com o corvo tão nobre e honrrado
Em minha janela ave desgraçada.
Enquanto definha-me o organismo.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ilusórias de Morfeu




Ilusórias de Morfeu

No refúgio de minha ingênua alma.
Pandora pôs-se a amedrontar-me,
Com todos males em um só vislumbre
Refletindo minha 'lma em torno das chamas!

Em formas de labaredas no profundo tártaro
Chamas negras, das trevas infernais!
Perturbando meus sonhos primordiais,
Dali podia se ver o maldito céu de Ícaro.

Oh! Maldita alma sem um breve alívio,
Pandora pondo a amedrontar-me
Com todos males em um só vislumbre,
Moribundo com as ilusões do elísio!

Transtornava-me com o perdido paraíso!
Iludido com o tão belo jazigo eterno,
Aqui onde clamava aos deuses um descanso,
A todos eles que fui apenas um servo.

Em formas de labaredas no profundo tártaro,
Chamas negras, das trevas infernais!
Perturbando meus sonhos primordiais,
Observava, os deuses os demônios bárbaros!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Lamentos d' um réu

Alerta-me mundo cruel!
Sobre o que se esconde,
Ao interminável horizonte,
Sou apenas um pobre réu!


Num vil conto de fadas,
Um poeta das noites de aluguel,
Resto de um infindo nada,
Do passado de cordel.


Desorientado pela mente,
De uma criança perdida,
Uma ficção, poesias iludidas.
Em brasas ardentes!


Alerta-me oh mundo cruel!
Sobre o que se esconde!
Ao interminável horizonte!
Não passo dum pobre réu!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Sina do poeta

Sina do poeta

Passado, presente e vil futuro.
Tramou a meu ser mil enigmas,
Fantasiando meus olhos no escuro,
Dilacerando-me como um tumor
Igual uma história horrenda, maligna!

Vestígios de minha insana realidade,
Como poeta possuo somente maldita sina!
E em meus versos, meu coração se perde,
Acalmando-se com as réstias de morfina.

Alucinado por esse grande temor.
Escrevo a penumbra da minha lamúria,
Aos destroços do meu peito entreaberto,
Onde observava meu estado de plena penúria!

Sigo a sina maldita, abençoada por cristo.
Disseco moribunda alma de poeta,
Essa que com enorme fardo carrego,
Qual me cerca com suas enormes labaredas
Que escapa aos meus olhos cegos!

domingo, 2 de outubro de 2011

Templo de Atenas







Templo de Atenas


Um cântico ao céu escuro
Eu ouvia vozes de longe sussurrar,
Premeditando o perdido destino,
E num espaço e tempo a me aventurar!


Levando-me a um templo obscuro.
Tão majestoso feito o olimpo,
Perduro a ilusão do louco, imaturo
Na penumbra, a visão do teu corpo.


Deusa da sabedoria clamo a ti,
Nesse templo magnifico, Atenas.
Imploro-lhe um pouco de sanidade.


Ah! Deusa prostituta da verdade,
Morro clamando por piedade, pena
Ouço, suas palavras qual força de javali

Imanente poesia

Imanente Poesia

Um verso a mais reserva-me o destino,
Ao meu leito posposto ao pé da cova.
Mil lágrimas bastardas e surradas rosas,
Esperam-me mais que brevemente, morte?

Via no espelho que uma lamúria resguardava,
Toda essa enferma e vil destruição,
Qual temível ferrão de escorpião,
Era a minha imanente e cruel injúria.

No reflexo da penumbra, atento ouvia,
O choro da criança, presa no quadro,
Notava-se grande e certa inânia,
Do choro morto e do gosto amargo.

A amargura que rasgava o céu da minha boca,
Igual a cruel lâmina que perfurou cristo,
Rasgou o meu peito como concha oca.
Oh Imanente poesia! Fez-me de ventríloquo!
Nas réstias desse asqueroso destino!
Em homenagem ao nome do meu blog e de como essa sina maldita se apodera de mim e de todos os poetas.

sábado, 24 de setembro de 2011

Mensagem subliminar parte 2

Penso em cada verso como único
Ah! Forma tão magnânima da insanidade.
Rogo essa estrofe de maneira serena,
Ah! Como um suspiro pedindo por piedade,
Traumatizado pelos resquícios daquela cena
Idolatrando os pedaços de um cadáver moribundo!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ragnarok













Ragnarok


Com o céu em estado caótico e em fúria
Observava o fim de todos os deuses,
Batalha tão horrenda trouxe vil lamúria,
Tocando minha 'lma como um acorde grave.


Bestas e monstros criaturas de meus sonhos
Réstias de minhas visões, de falso profeta,
Que golpeava minha mente como um espinho,
E lançava-me ao profundo abismo de Creta!


Nos confins de todo mundo urgia o mal,
Seres dos meus pesadelos rasgavam o céu,
Trazendo os deuses a seu eterno descanso.


Todo mal que urgia, nesse mundo fúnebre,
Ragnarok, o grande apocalipse, o colosso!
Todo mal, havia em versos da mente insalubre.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Mulher sem nome

Mulher sem nome


Ardente como o seu intenso sonho,
Louca e sóbria como a paixão
Raios dos frutos de minha ilusão.
Esquenta-me o corpo como o vinho,


Arde me a alma qual fogo do inferno,
Enlouquecendo-me aos poucos.
Berros e gritos deixara-me rouco,
Sou um poeta suburbano, moderno!


Más-línguas dizem do modernismo,
Da nova era, poeta do romantismo!
Amaldiçoado, ó, alma sem sorte.


Sou corrompido pelo meu organismo,
Que sub julga todo o meu idealismo.
Oh! É tão bela e astuta, louca mulher!

Mensagem subliminares

Bailarina irônica,  rainha do tempo,
Razão de toda minha insanidade.
Um verme louco qual infeliz édipo,
Nasceu no meu peito, em uma ilusão.
Adentrando, com vigor ao coração!



"Bela em suas longas e soturnas vestes,
Rouba-me a alma com cósmicos olhares.
Ultrapassa em seu ardor seres celestes,
Não há de existir tal beleza nem nos mares,
A morte, por fim, é seu nome, pois por ela morri."

Ericson willians

Nublado

Nublado


Conjugue perpétua, assombra-me
Ontem e hoje com a solidão,
Num tempo tão negro, a atormenta-me.
Tortura-me com essa ilusão!

Ouvia sussurrar vultos na neblina,
Pútridos de tanto sofrimento e dor
Agonizando seus pecados na surdina,
Resto de seus medos, extremo horror!

Ah! Que tempo vil e cruel
Mergulhando no obscuro breu,
Os mil destroços de um poeta ateu.

Ritmando pelo que esconde o céu,
Temi o destino vendo-me perdido
E sob a neblina, como herege esquecido!

terça-feira, 6 de setembro de 2011





Transtorno Bipolar

Más-línguas crucificam o meu nome,
Cuspindo réstias em forma de câncer
Mil línguas na minha mente ao maldizer,
Enfurecendo-me os nervos, vil síndrome!

Procuro pelo leve cálice da morte,
Em busca da perdida razão ancestral,
Em toda uma dança cósmica universal.
Fazendo-me ranger todos os dentes,

Ando enlouquecido à procura da cura,
Escravizado por um amontoado de vozes
Clamo em preces ver suas faces, malditos!

Gritos: - Doente, louco... Ambos após as doze
Tencionam-me ao suicídio, vultos pervertidos
Obsessivos, maquiavélicos, demonios de rua!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Um desejo















Um desejo


Pobre alma de criança que vaga,
Numa profunda escuridão
No segundo do breu, na solidão
Causando-lhe profundas chagas.


Ingênuo, chorando umas lágrimas
De sangue, de dor e de esperança.
Assombra-me a vida de lembranças
Abalada pelo ponto máximo: o clímax!


Causando me angústia pelo frio aço,
Do punhal cravado em meu peito!
No chão já sussurravam a mim a morte.


Ah! Maldita ironia do destino e acaso
Desejo infeliz, que pôs me neste leito
Num maldito golpe de má sorte.

sábado, 20 de agosto de 2011

Por do sol

Por do sol

Bela e magnífica, aquela visão!
Que fugiu ao brilho do crepúsculo
Do sol, perdurando a ilusão.
Seu corpo que jazia sob o túmulo

O céu, sangrando um vermelho rubro
Magnânimo, emoções que pulsavam
E no pobre coração, todas ecoavam,
Em forma de alucinações e delírios!



Estrela divina, centro da via láctea.
Nasce e morre por todos os dias!
Vejo em você, o que a morte oculta

A mesma beleza das azáleas.
Que iluminam pâtanos e trevas,
O fim mais belo, nobre estrela maldita!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Um último soneto( antes da morte)

Um último soneto

Iminente e tão hipócritas palavras
Gritava com ódio aos sete ventos
Numa espessa neblina de vil aspecto,
Fazendo-me de sua vontade escrava!

Vislumbrei a sua face na penumbra
Algoz e astuta, ali ocultava-se
Observando meu corpo que adormece
Encoberto por um vermelho, de cor rubra

Oh! Minha morta 'lma que do corpo fugiu
Adentre em seu eterno descanso
Pois na sua lápide jazia um último soneto

Leve e perfumado qual brisa primaveril
Orvalhava do aluminado paraíso
Um distante e ungido lar secreto

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A carta de suicídio

A carta de suicídio


Qual pobre e ingênuo poeta,
Chorando e amando os sentimentos
Que me é um insaciável alimento.
Como de tantos vermes e parasitas!


Menosprezados, de forma horrenda. 
Por vil raça, que julga-se mais sábia 
Iníquos, selvagens o mundo regia!
Destruindo bela magia, tão plena!

Escrevendo do meu peito pulsante.
Palavras que meu cérebro sussurrava,
Verso que em minha garganta entalava
Descritos em tanto ardor, fez-me ofegante!


Meu último verso que aqui nascia, 
Adoecido desta massa cinzenta.
Palavras tristes, incertas e inconceptas
Enquanto meu corpo e morta 'lma ali jazia!

domingo, 31 de julho de 2011

Poesia para morte






Poesia para morte

Que mal toda esta terra conjurou
Podia se ver no fúnebre semblante.
Refletindo o meu ser arrogante
Neste vil mundo que se, mortificou!


Via-se o caos e todo esse mal
Que emergia das profundezas,
Motivando minhas incertezas?
Nessa escuridão universal!


Por todos os lados, nada havia!
Humanos com sua ganancia cega
Tão insaciável quanto as trevas?
Assombrando-me com minhas fobias.


Poetizei com a noite a me aluminar.
Qual mort' alma ao se leito eterno
Atormentada pelo céptico inferno,
Ao fim eterno que vem contemplar.

sábado, 30 de julho de 2011

Sons do inferno

Sons do Inferno

Praguejava algo à meu ser incosciente
Sons, gritos de puro sofrimento
Podia ouvir das almas, tantos lamentos
Arrastar das correntes, ecos estridentes

Do Iminente e profundo portal cósmico
Havia tudo submerso e nada emerso
Absorvido em um disconexo, universo
Deconhecidos por todos os cléricos,

Milhões de uivos e gemido de dores
Almas tortuaradas sem nenhum escrúpulo
Nada igual tinha ouvido, o mundo dividia

Perdurando versos, medos e temores
Dos poetas que jaziam em seus túmulos
Maldição qual vil e santa bíblia descrevia!

Antigo mal, a mim consumia





Antigo mal, a mim consumia

Ao véu do maldito tempo que rugiu.
Parando o meu enfermo coração,
Que em versos clamava por perdão!
Em lágrimas e tormentos me consumiu


Mal eterno que no tempo perdura
Tão infinito, e antigo como a morte
Única conhecedora do profundo Hades
Lançando sobre meu peito a única cura

Somente uma cura para esta aflição
Que embaralha-me a garganta
Matando-me lentamente como o câncer

Por dentro corrói-me com está maldição
É tão linda, cruel, nobre e astuta
Um maldito céu e inferno que insisto reaver

sábado, 23 de julho de 2011

Incontrolável besta

Incontrolável besta

Surgiu do negro e profundo abismo,
Que por quilômetros rasgava o chão
Por onde escapava a escuridão.
E perfurava os bilhões de organismos

Demônio que urgiu dos confins
Tão longe e desconhecidos da terra
E sustentou cruel fúria por eras!
Aguardando o seu retorno e o fim

Qual fim diria?Oh! víbora maldita
Fim da beleza e de todo o caos
Nascidos nesta morta época

Travando a santa guerra discrita
Por terra imunda em pretensão
Manchada com está temível marca





Desculpem os erros obrigado. Estou sem tempo.

Realidade fictícia

Realidade fictícia

Admirava uma beleza oculta
Que se estendia em meus sonhos
Ao fim de intermináveis datas
Em pesadelos tão medonhos

Espantava-me com cruel realidade
Que por toda via era tão infiel
Qual está pútrida realidade
Impregnada por corrupto quartel

Oh! Talvez não seja de todo mal
Essa maldita e nebulosa ficção
Talvez seja apenas uma trama ilícita?

Por quê? Não se dispõe de um manual
Para esta mortuária, maléfica criação!
Que possui toda maldade em si contida!

Desculpe a poesia estar sem métrica, obrigado.

Idéias de um realista

Idéias de um realista

Como queria escrever com falsidade
Sobre os míseros e falsos amores
Qual a fria lamina de meus temores
Que destroem o coração sem piedade


Mil questões embaralham-me a cabeça
Tentando responder mil incógnitas!
Dos mistérios da vida, infinita?
Aguardando a carta posta à mesa.

Para desembrulhar-me o intestino
E regurgitando questões indefinidas
Ah!Como eu queria vis repostas

Mesmo sendo tão temente ao destino
Almejo ser sábio do desconhecido
Do amor, essa música bem composta!
Desculpem a métrica não está perfeita desculpem os erros, obrigado.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Maldição dos versos

Maldição dos versos

Sombras sentia neste cemitério
Todas! Minha magia a ser drenada
Deixando-me em mil chagas ao ser tomada
Cavando meu sepulcro, para os méritos.

Assombrava-me tantos cruéis vultos
Enquanto minh’ alma vil esvaia-se
Este funesto corpo no oculto
Jazia abençoado por sua foice!

Por ali tinha morfético, vil véu
Por onde cruel morte logo urgia
Enegrecida como falso céu!

Aqui jaz minha mente moribunda!
Pútrida com horrenda e vil magia
Tão maldita que a mim foi concedida!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Abandonada a decadência

Abandonada a decadência

Logo aqui tudo consumia
A morte em sua maldição
Eterna em noite que urgia
Sofrendo com terrível solidão

Os melódicos acordes soavam
Pela vasta mansão abandonada
Vultos ao breu sussurravam
Sobre as negras formas arruinadas

Encobriu minhas dores com a morte
Qual um império em decadência!
Destruindo tal pura inocência
Do mais tolo poeta adolescente!

Mestre da morte!

Mestre da morte!

Tive que suplicar as mil estrelas
Logo por onde deus se oculta
Ver sua forma tão, gentil e bela!
Com vil capacidade, tão astuta.

Em todas essas preces e pranto
Clamei a mim pela morte, ao coração,
Esperando cobrir-me em vis mantos
Enquanto ali ouvi a extrema unção!

Por quê? Oh! Ser tão nobre, vil demora!
Sussurre-me sua voz, víbora mortal
E acalme minha alma que, aqui chora!

Oculto deus mestre da vil morte
Oro por digna e pura benção!
Conceda-me um fim desta ilusão.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Os cegos amantes





Os cegos amantes

Nobre lua se põe, a ofuscar o dia
Aluminou os tolos e amantes!
Viviam a gozar essa alegria
Perdidos em ocultos, negros montes!

Pulsantes faiscavam como loucos
Movidos pelas doces, vis paixões!
Nasceu digno amor, de tão poucos!
Os fiéis a iníquo, coração.

Noite que mortificou o vil poeta
Com as realidades, vis incertas?
Sua bela musa em formas esbeltas!

Ecoava seu amor, proibido!
Nas longas madrugadas de carícias,
Nessas eternas noites de malícias!




Como poeta deixo aqui para os amantes e seu dia 12 de junho um poema espirado em Romeu e Julieta infelizmente a mais bela e porém trágica história sobre o verdadeiro amor.