Renascentista
Eu sou um poeta passado
Renascido d’um desgraçado,
De todo o gótico e das artes,
Qual velho sabe aos infartes.
Sou um poeta ambíguo,
Naufragado no iníquo
Renascido d’um desgraçado,
De todo o gótico e das artes,
Qual velho sabe aos infartes.
Sou um poeta ambíguo,
Naufragado no iníquo
Minh’ alma artista
Lamuria ao renascentista.
Lamuria ao renascentista.
Sou um louco autor
Das tragédias impagáveis
Dos crimes contra o amor
Nos meus versos indomáveis
Sou fiel das desgraças
Amante de vis farsas
Sou fiel das desgraças
Amante de vis farsas
Um embriagado anjo gótico
De vislumbrar cadavérico
De vislumbrar cadavérico
Portador de mil blasfêmias
Impiedoso, a quem pedes clemências!
Impiedoso, a quem pedes clemências!
Sou moribundo sem esperança
A qual jaz na renascença!
A qual jaz na renascença!