Entrances

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Renascentista







Renascentista
Eu sou um poeta passado
Renascido d’um desgraçado,
De todo o gótico e das artes,
Qual velho sabe aos infartes.

Sou um poeta ambíguo,
Naufragado no iníquo
Minh’ alma artista
Lamuria ao renascentista.

Sou um louco autor
Das tragédias impagáveis
Dos crimes contra o amor
Nos meus versos indomáveis
Sou fiel das desgraças
Amante de vis farsas

Um embriagado anjo gótico
De vislumbrar cadavérico
Portador de mil blasfêmias
Impiedoso, a quem pedes clemências!
Sou moribundo sem esperança
A qual jaz na renascença!

Memória corrompida (Soneto)

Soneto Memória corrompida

Em noites muito claras como um tolo
Lamuriei ingênuo, pequeno
Louco, aprisionei-me em minha mente
Tão Pouco sufoquei mil pesadelos.
 
Mais que rapidamente assustei-me
Com essas duvidosas, vis memórias.
Logo petrifiquei-me de fobia.
Queria engolir-me com serpentes.

Senti atormentado por milhares
Pela obscura besta e seus lacaios
Fizeram-me implorar por piedade.

Gritei aos secos ventos: sanidade
No qual sua voz doce eu escutava
O inferno assombrou-me qual criança.

(Soneto) Vingados

Vingados

Assombrei-me com cépticas visões
A vir me ocultar em maldições
A transpor os malditos, esquecidos!
Os muitos que retornaram, sofridos!

Centenas de cadáveres, expostos!
Deste torpe sepulcro regressaram
Vagos, enfurecidos mortos vultos.
Para amedrontar-me, vis urgiram!

Em meus sonhos loucos a torturar-me
Gozando de prazer por: masoquismo.
Malditos atirem-me ao abismo!

Deixe-me rastejar feito um verme
Enquanto lamenta sofrida alma
Pobre, amortalhada em fria calma.