Entrances

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Bahugera parte 6-3 (O Templo)


Bahugera parte 6-3 (O Templo)

Nas entranhas da caverna da fera
Que espreita minha 'lma ferida,
Moribundo, clamo pela morte prometida,
Enquanto agonizo aos pés de Bahugera.

Pelo colossal e grotesco horror,
De portais indizíveis e incomensuráveis
Conjecturava maldições inimagináveis.
Bahugera, urrando meu vil temor

Infectava-me qual câncer de vil mortalidade,
Absorvendo-me nas entranhas do inferno
Era tão solitário qual alma ao inverno,
Eu suplicava a deus ou fera: Piedade!

Adormeci em minhas viagens espirituais,
Enquanto apodrecia a massa cinzenta,
Restando apenas a fúria da fera violenta
O semblante congelado em medos desiguais.

Vis maldições



Vis maldições

Donde anda a besta que atende por morte,
Meus temores brandão um mal agouro
Corroendo-me com intragável gosto amaro
Excruciando-me defronte a enfermo porte.

Melancolia atormenta esse fúnebre pesar,
Procuro a estrela obscura em dimensões tais,
Ousou algum mortal? Enfrentar coisas infernais
Donde a própria morte está vil a urrar.

Destruição arde em meu peito inflamado,
Sufocado no abismo de meus pulmões
Conjecturando oníricas e vis maldições
E o que resta disso? A lama e o lodo?

Trago um gosto sufocante e amaro,
Onde o meu ódio vai em escarros,
Traga a morte com um único cigarro
O caixão ilude-me com brilhos doirados!

Alma sem cura



Alma sem cura

Atordoado procuro alma igual a minha
Procurando a cura para essa dor,
A mesma que a mente tem pavor,
Morrer aqui no frio vil e sozinha.

Pensamentos inundam-me com martírios
Enquanto meus medos expressos aos olhos,
Rolam pelo rosto de meus enfermos filhos
Machucando as frágeis pétalas de lírios.

Destrói-me a mente essa fossa abissal,
E o que resta? O cálcio dos ossos
Esvaídos no esforço de meus poços,
Profundo qual um medo vil e imortal.

-Pobre, o que tanto aqui procura?
O alívio para mil e tantos prantos?
Sussurrando a loucura aos cantos
Qual sua busca a morte ou a loucura?

Sepultado ao nada



Sepultado ao nada

Minha 'lma vaga em vazia procura
De aquém para suprir enferma dor,
Vagando em ermos túmulos com temor
Procurando réstias de uma figura.

O corpo em um desgosto eterno,
Por inglórias e fins bastardos
Atormenta-me sentimentos pesados,
Agoniza-me qual torturado no inferno.

Nesses diagramas do universo
Vago, moribundo e quase morto
O corpo abandonado em meu porto
O pesar de meus últimos versos

Sou vil alma agrilhoada ao nada
Poemas e rosas foram sepultados
Frívolas luas serão enterradas
Tantas dores e martírios cessados.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Bahugera parte 6-2 (O templo)

Bahugera parte 6-2 (O templo)

Eu moribunda alma desfalecida,
Desgraçada e sem vida em vis eras
Oculto-me a tempos da besta fera,
Que urge do vazio de minha vida

Eu ignorante ser frio e torpe,
Que apodrece qual vis vermes,
Aglomerado sobre o cerne
Da escória deste vil orbe.

Eu moribunda alma esquecida,
Que oculta-se em minhas trevas,
Acorrentado a um deus, Bahugera
Donde nada são almas falecidas.

O ás de minhas dores e temores,
Um ser de vis e tétricas maldições
Donde a morte são boas alucinações
Um horrendo templo de horrores.