Entrances

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Aflição


Aflição

Pobre alma é aquela que aflita,
Procura esconder-se entre sepulturas,
Duma certa e horrenda criatura
Essa que nasce de fontes eruditas.

Que ciência ou espiritismo,
Provou a loucura da massa humana,
Que provém de regiões insanas
Jazendo o corpo em vil pessimismo.

Tudo explode num turbilhão de lava,
Quem diga que corroí a própria alma
Encharca o corpo numa odiosa calma,
A inania que transforma a mão em escrava.

Quem sou? Pergunto-me a dias tais,
A cousas duma distinta era infernal,
Ocultas no próprio córtex cerebral
Ecoando a voz que sussurra nunca mais.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Meses

Meses
Vão se as estações do ano e a brisa
Que perfuma o dia e suaviza a alma,
As palavras possuem a essência calma,
Meu peito esvaído de dor poetisa.

Sobre o rarefeito da minha respiração,
Da noite fria porém aconchegante,
Dos mistérios diante e extravagante
Donde o destino é mera desilusão.

O relógio badala exatamente a meia-noite,
Era setembro e agora torna-se outubro
Réstia da paixão, da dor em tons rubros,
Castiga o corpo com um vil açoite.

Assombra-me os anseios duma vida,
Perduro em meu peito a dor infinda,
A esperança corri-o a mente corrompida
Ouço de longe a voz de minha prometida.