Entrances

sexta-feira, 26 de julho de 2013

O fim do pacto

O fim do pacto

Observa, nessa noite como é formidável
O barulho adentro desta floresta densa
O turbilhão da massa cinzenta e a crença.
Ambigüidades em aspectos indizíveis

Escuta, com tamanha atenção a besta humana
Que há de emergir não dá terra mas da alma
Essa que acomoda-se de forma sutil e calma.
A espada a cintilar na alma de forma insana

Sinta, a ebulição dos sentimentos agrilhoados
Das confissões não ditas, dos pecados passados
O sentimento perdurado, e o sussurro amargurado
É como vender a alma ao próprio e vil diabo.

Morra, nas infinidades indizíveis de agora
Pronuncie na lápide as palavras nunca ditas
Aos olhares que nesta hora já perdida, fitam
O vazio da lápide, pôs já não há outrora

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Nunca mais ore aos anjos

Nunca mais ore aos anjos

Nessa noite, nessa imensidão celeste
Meu corpo respira dolorosamente,
Enquanto a lágrima rola docemente,
Pela minha face até as suas vestes.

Praguejo ao céu aos deuses ancestrais
Aos contos de fadas glorificadas por mortais,
Enquanto a lâmina das labaredas infernais,
Aumenta a agonia qual dos anjos imortais.

Não oro mais para o céu, agora vil e escarlate,
Não tenho preces que possam ser atendidas,
Lamento por minha alma tão querida
Suportar a dor destes vis infartes.

Parte-me o coração tamanha dor maldita,
Emergente a mentira em forma de santa,
O sufoco que agrilhoa-me a garganta
E minhas confissões de amor nunca ditas.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Transgressão da humanidade - Bahugera

Transgressão da humanidade - Bahugera

Defronte ao espelho estilhaçado em plenas trevas
A forma humana que habita esse plano já não existe
Pobre alma que assombrada pelo caos, emergente
Observa sua inocência atormentada por tantas eras

Aos poucos que viram passar o sepultamento
De minha pobre alma, não há de escutar
Uma única palavra tão pouco há de comentar
Logo cedo excruciou-me com mil julgamentos

Essa quimera que emerge da fossa abissal
É o deus Bahugera a besta de meus vis medos
Que assombram-me com o medo dos medos
Essa que há de ver-me queimando no fogo infernal

Como há de acalmar a besta fera que ruge
Adentro de minha mente e o maldito bradar
Dessa infernal quimera tão cedo irá me matar
Transgredindo a minha alma o deus logo ressurge

Quem há de compreender o epitáfio da besta fera
Sendo nada mais que mitos e contos ancestrais
Que gritam na cabeça oca de formas vis e infernais
Quem há de curar a alma louca da sua vil quimera

Essa quimera que emerge da fossa abissal
Há de conjecturar o fim deste infindo mundo
Essa alusão de minha mente. O frio é imundo
Isso irá ver tudo queimar no fogo infernal

Adentro dessa massa cinzenta fadigada
Há de compreender a loucura quase exata
Há de compreender o mundo de forma inexata
E toda pobre alma que morre assombrada

Adentro dos sonhos mais profundos
Há de compreender os medos ancestrais
Há de compreender os sonhos primordiais
Os anseios da vida não são mais meu mundo

Porta do abismo - Lago Umbral

Porta do abismo - Lago Umbral

Na parte vital de minha profunda calma
Ainda resta o deus em forma de fera
A odiosa e primordial Bahugera
Que no calar da noite destrói-me a alma

Adentro desse tenebroso e vil portal
Que alma alguma mortal ou imortal
Ousou fitar os vultos do vazio infernal
Estes carregam o peso do fim universal

Quem há de explicar o que chamo de vida?
Quando tão pouco se sabe sobre a morte
Essa que no bailar da noite vem a sorte
Quem há de explicar as dores infindas?

Na câmara onde pulsa os mistérios da vida
Ainda resta o deus em forma de fera
A odiosa e primordial Bahugera
Transtornando tudo a eterna e vil despedida

Adentro desse tenebroso e vil portal
Temo a imensa e gigantesca besta fera
Que a muito conheço por Bahugera
Esta que carrega o peso do fim universal

Esta cruz que carrego vil tortura
Reside na parte abissal do lago umbral
Este tão próximo a meu córtex cerebral
Atormenta a imanente loucura

Que alma há de aliviar a dor imanente
Que pulsa ainda forte em meu peito
Esta fera que ainda leva-me ao leito
Aos poucos transforma-me em doente

Na parte vital de minha racionalidade
Ainda resta o deus em forma de fera
A odiosa e primordial Bahugera
Esta outra face de minha identidade

Incontestável dimensão - Abismo do consciente (Bahugera)

Incontestável dimensão - Abismo do consciente (Bahugera)

Pouco a pouco esvaiu-se a minha compreensão
Sobre a física e a ciência tão complexa do universo
Transgredindo minha massa cinzenta ao inverso
Tão inútil qual ameba é agora a podre visão

Esta edema que dissolve cada dia mais e mais
De minha massa cerebral até restar nada e nada
Dissolvendo aos poucos as lembranças amadas
Até ouvir o velho corvo de Poe anunciar nunca mais

Esse câncer cerebral que toma conta de minha 'lma
Tão agressivo que mais parece minha besta fera
O deus que dei vida e persegue-me chamado Bahugera
Mais do que cedo a de ceder a infame e letal calma

Incomensuráveis formas vis e nefastas urram
Na infida e imanente calmaria desta tenebrosa noite
Em que até a acerva morte há de estar no calar da noite
Entre tantas vozes que no córtex sussurram

Que forma vil minha besta fera conjecturou
Entre tantas tenebrosas torturas mentais
Maldita quimera escolheu as primordiais
Está em que meio mundo já naufragou

Esse câncer cerebral que toma conta de minha 'lma
Veio no calar da noite atormentando a boca
Está tão seca que deixou a mente quase louca
Deu-me o gosto tão cedo da infame e letal calma

Alucinações malditas que nunca se extinguem
Que há de perturbar-me por toda vil eternidade
Não havendo réstia ou traço de humanidade
Por toda minha alma, há de sumir qual fuligem


Tenho esse gosto amaro em minha boca morna
Intragável qual a terra que há de sepultar-me
Essa loucura que aos poucos há de matar-me
Esse veneno que a minha espinha entorta

Esse câncer cerebral que toma conta de minha 'lma
Foi criado a combater meus medos, essa quimera
Que transmutou-se a minha personalidade, Bahugera
Há de extasiar-me cedo com a infame e letal calma

Abismo do consciente - Ainda há vida (Bahugera)

Abismo do consciente - Ainda há vida (Bahugera)

Possa haver vida ainda naquela odiosa quimera
Está que nas trevas da noite infernal
Possa conjecturar ainda praga vil e abissal
Que persegue-me a tenebrosas eras

Essa besta infernal que desde meu nascimento
Assombra-me com formas vis e desiguais
Com suas sombras tétricas e infernais
Até o momento de meu infortúnio padecimento

Possa uma alma imortal mas humana
Livrar-se dos medos que na psique assombra
Onde o anoitecer é um bailar de sombras
Sendo o fervor de minha mente insana

Essa besta infernal que desde meu nascimento
Assombra-me até restar a funesta face rosada
Onde os olhos absorto na voz tão amargurada
Vai até o momento do infortúnio padecimento

Está quimera que de minha alma faz parte
Entre o raiar quase invisível de meus medos
Perturba a minha pobre alma com vis medos
Fazendo de toda essa agonia uma cruel arte

Essa besta infernal que desde meu nascimento
Assombra-me a todo tempo até restar nada
Onde toda ebulição de lógica torna-se nada
Está que vai até o momento do infortúnio padecimento.