Entrances

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Pensamentos livres

Brada
rusticamente e
uniforme AS
normas
ancestrais;

Transmutadas
em
incognitas DO
xadrex
eterno
imanente, UM
rugido
abissal;

de

Oniricas E
longas E
intermitentes
vi
extasiado A
Incoerente
regra
ancestral.

Inânia Verba

Inânia Verba

 Desta terra, desta vida escrava
 Que mata-me aos poucos não resta
 Quase nada, quase perdido na floresta
 Tão densa, na vida, é tudo lava

 Onde tudo foi desfeito em lodo e lama
 E a voz tão rouca, quase inaudível
Não explica essa inania indizível
E tudo vai com cinzas e volta com chamas

 Desta terra que antes deu-me quase tudo
Ela retira com a mesma força que dá
E a pobre alma passa a vida a odiar
Tudo é como as palavras da boca de um mudo

 Nesta ebulição de formas e sombras desiguais
Restam apenas os amores de formas primordiais
Nas confissões não ditas nas noites infernais
Vai-se a vida defronte as portas já celestiais

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Conspiração Universal (Bahugera-Sanatório)

Sanatório introdução

Tenho sido a besta errante de minha vida
A por-me contra tudo que acreditará
Tudo era apenas o que a mente sonhará
Quem há de viver nesta noite vil e infinda?





Conspiração universal ( Bahugera - Sanatório)

Nessa noite de infindas trevas ancestrais
Ouvi na escuridão tão incerta, a minha porta
Batia o vento firme, qual presa quase morta
Batia forte e assombrava os meus ais

Por deus, se naquela época eu fosse sábio
Teria evitado, aquele murmúrio horrível
Que ouvia a noite inteira, quase inaudível
Por deus, será que eu teria sido mais sábio?

Sim, fora naquela madruga que me assombra
Quais vultos de outrora e o vazio espectral
De minha 'lma que pôs me a ouvir a besta infernal
Que atormentava a minha porta com sombras

Estas vindas da nulidade do tempo e espaço
Carregadas de vis sons que ainda assombram
Que sussurram e queimam em pedaços
Com formais vis e desiguais,  sombras

Todas estas de passados infernais de outrora
Não há de fazer-me falta o porte da da terra
Está benção ou maldição que mata-me qual fera

Nesta noite infinda de nuvens escura a alma sofreu
Naquele timbre ameaçador forte a ouvir de minha porta
Adentrava o medo em minha alma quase morta
E o que esperava-me no outro lado era apenas, Eu.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Adagio

Adagio

Quem há de expressar nessa lápide frívola
Revestida do calcário da terra vil e fraca
Essa mãe que há de me apunhalar com a faca
Que alimenta o filho que agora pede esmola

Esta terra, Gaia, que agora envia-me ao tártaro
A sofrer no vórtice das almas e na terra de Hades
Por atingir a inutilidade da completa maturidade
Sim, nesta terra maldita sou destripado por bárbaros

Nesta terra de agonia intermitente a morte é ausente
Não há igualdade nas ermas sombras eternas e crepitar
Na penumbra dos tempos infernais, o peito a palpitar
O escárnio de toda a vida, do futuro vil e presente

Por onde anda a deusa Vênus que há de guardar a alma
Dos apaixonados, e suprir o solene inferno de Hades
Onde está a morte impotente, nessa enferma desigualdade
Não há deuses, para minha vil e prepotente alma

Quem há de expressar o sentimento infido
Na lápide revestida de calcário, o amor prometido
E os deuses? Ou anjos do céu tem me esquecido?
Por pecar e amar como os anjos vem proibindo