Entrances

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Bahugera Sanatório Parte 2

Qual corvo de Poe

Tenho sofrido de mais diante da fera agourenta
Que berra rusticamente em meus umbrais
Reduzindo-me a um resquício de fins infernais
Minha 'lma quase jaz na tumba corpulenta

Sim, esta besta agourenta vinda lá do inferno todo
Fita-me com o olhar que assombra-me qual o corvo
De Poe, está besta nobre e hostil de aspecto torvo
Há de reduzir-me a inutilidade da lama e do lodo

Os sonhos que jamais ousei sonhar, nas hostes celestiais
Tem hoje as antigas maldições de minha própria quimera
Esta defronte a minha alma, minha besta Bahugera
Atormenta meus ais, são horrores que jamais tive iguais

Esses anjos vindo lá do inferno todo praguejar a minha 'lma
São quais demônios vindos lá do éden proibido
Onde minha alma tem de minha vida esquecido
Neste éden proibido há só chamas e mais chamas

Ó -Profeta! De minha Peste, que adentro de meus umbrais
Vive em frenesi ou euforia, e neste céu ou inferno todo
Nos restos sepulcrais do céu indizível torna-se tudo lodo
Neste inferno previsível, eis de sofrer cada vez mais e mais.