Entrances

domingo, 16 de março de 2014

Não há nome


Não há nome

Perfuma lentamente, dispersada pelo vento
Esta noite, pairam sobre minha 'lma lembranças
Vazias e inanes, mortas como a última dança
A crepitar pelo fogo errante e o vento

Inalo o odor intoxicante e alucinante da gasolina
Bailando diante de mim, a alucinação o êxtase
Aguardado a liberdade eterna, uma cartolina
espalhada pelos fragmentos do esctâse

Ouvi tão distante as vozes de minha infância
A uivar no vento frio, a crepitar no fogo ardente
A perfurar-me o peito, fazendo-me ranger os dentes
Estou a relembrar as antigas cantigas.

O vento passa pelo negro buraco em minha 'lma
A ausência inevitável o amor inacabado
É impossível de viver, não existe passado
Nem futuro ou presente, para esta vida inanimada