Entrances

domingo, 23 de dezembro de 2012

A morte espreita naquela viela


A morte espreita naquela viela

Exausto de meus pensamentos insanos,
Adormecia quase morto pela loucura,
Enquanto delirava com tamanha negrura
Do céu que afugentava o teor humano.

De minha massa cerebral que extasiada,
Não sei se pelo ópio ou pelo rum barato,
Eu sentia-me livre da culpa e insensato
Talvez o desespero de minha alma minguada.

Não sei que fato do intrépido destino,
Guiou-me a cometer aquele vil infortúnio,
Talvez o êxtase atrapalhou-me o raciocínio
A mutilar aquele pobre e coitado menino.

Não consigo explicar a insanidade estridente,
Sussurrando em minha mente abissal,
Talvez seja a lenda desse beco infernal
Que toda alma aqui tornara-se incoerente.

Talvez seja algo dessa desgraça primordial,
Onde tudo e nada torna-se uma imunda fera,
É no interior desse lugar, dessa quimera
Que eu caio na desgraça vil e espiritual.

Em tomos de magias negras e ancestrais,
Essa viela traz consigo a odiosa quimera
Ou o que ainda resta da praga de Bahugera,
Onde toda alma reside, não haverá paz.

Talvez seja mera lenda de eras perdidas,
Mas de todo mal há o fato vil nas roupas,
Que estou a trajar o sangue em poupa
Escorrendo de forma estranha e medida.

Assombro-me cada vez mais e mais,
Com tamanha enfermidade deste ato,
Que torna viu todo e qualquer relato,

Rezo preces a cada vez mais por paz,
Enquanto oculto o corpo decadente
Deste pobre e triste menino inocente.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Entre a penumbra e o silêncio da morte


Entre a penumbra e o silêncio da morte

Quem possa expressar o silêncio de minha 'lma
Essa que não tem a força ou cousa para expressar,
A dor que sufoca o peito qual morte a espreitar,
Entre os ermos túmulos e momentos de calma.

Entre a penumbra do completo breu da noite,
Distorcida entre as mutações e alucinações,
Que perturba o coração em vis e tétricas desilusões
No timbre do relógio que bate em vil açoite.

Quem pobre alma venha expressar a loucura,
Essa que infecta-me qual câncer em vis doutrinas,
Espirituais e o coração louco e vil pela morfina
Relata toda ficção no desterro dessas desventuras.

Essa minha alma enlouquecida pelas injúrias da vida,
Que em soluços enterra o corpo fraco e morto
Donde o pulsar do coração em que estou absorto,
Deixa-me louco nas infinidades dessa vil despedida.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Nove pesadelos durante a noite


Nove pesadelos durante a noite

Essa manhã acordei com um gosto esquisito,
A boca, um gosto seco que lembra-me a morte,
Toda vontade da vida foi jogada a minha sorte
Durante essa noite de sonhos incógnitos.

Minha 'lma essa que ausenta-se da futilidade,
Da vida, esquecida entre tomos ancestrais,
Livros de cousas primordiais entre pragas infernais
Talvez fosse mera descrença da realidade.

Porém essa noite adormecia com a alma,
Turva e densa como um neblina cinzenta,
Que ocultava as razões em vil tormenta
Nada sabe sobre os gritos perfurando a calma.

Eu acordava exausto entre as horas infindas,
Da noite e olhava em vão procurar paz,
Entre as almas que atormentada jaz
Pouco esperava se não a despedida desta vida.

Entre essa noite vil que a mente em pane
Sobre os fatos da vida serem apenas ilusão,
Ou talvez toda e qualquer verdade seja aversão,
E toda minha massa torna-se nefasta e inane.

Entre as sombras dessa noite abissal,
Eu adormeço entre pesadelos infernais
Suplicando cada vez mais e mais,
Sufocado entre um mundo imortal.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Vil Ardilosa


Vil Ardilosa

Quem há de explicar as coisas indiziveis
Essas que nenhuma alma humana ousou,
Os vultos que a noite cercam o que restou
Das ruinas imundas da vida e incompreensiveis,

Era uma noite fria quando absorto,
Em um instante envolta em mortalhas,
Negras qual noite, enlouquecia com as falhas
De minha mente com aquele vil susto.

Ousei pensar que seria uma ilusão da mente,
Essa que vaga em uma obscura aura distante,
Ou talvez um sonho do corpo já fatigado
Pelo cansaço excessivo do dia intensificado.

Mas de outrora no breu daquela noite ressurgia,
Oculta na penumbra daquele comodo nefasto
Onde ouvira o pulsar do coração já exausto
Ecoou estridente na madrugada :- vil sabedoria.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Mito do apocalipse


Mito do apocalipse

Que toda e pobre alma temente a deus
Obscureceu o fogo-fátuo da vida,
Toda vida temente e já esquecida,
Abraçou a morte como um irmão seu.

Enferma maldição e profecias ancestrais
Que tormenta vidas desde eras primordiais,
Os anjos estes seres das hordas celestiais,
Conhecem o fim desde eras infernais.

Pobre humanidade que a muitas eras,
Encontra-se perdida em contos de fadas,
E entrega a algo a vida de mão atadas
Imergindo em vis guerras e trevas.

Que toda e pobre alma nesse dia vil,
Mergulhara em toda maldita crença,
Qual fanatismo torna-se uma doença
Onde toda fraca alma morre já febril.