Entrances

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A carta - Inane Verba

A carta - Inane verba

Escrevo a carta qual nunca será entregue,
Palavras que sufocam os pulmões e a garganta
Trazem consigo a calmaria da virgem e santa,
Expresso o amor e a dor em grande destaque.

Palavras mal ditas e do peito recunciadas,
Agrilhoadas em pensamentos e escravos,
Dores sofridas e vidas perdidas pelo ego bravo
O semblante que jaz com chagas amarguradas.

Venho expressar aquele inane e vil dor,
Que pulsa em meu seio nessa carta
Aquela que escrita numa nublada quarta,
Eu vim expressar-me qual sonhador.

Eu num deslize do espaço temporal
Absorto nas palavras jamais escritas,
Tantas cousas aqui nunca foram ditas
Expressando tão belo amor jovial!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Conversa com a viúva Conversa com a viúva




Conversa com a viúva


Onde oculta-se as memórias feridas
No abissal e profundo córtex cerebral
Eu senti o nascer do veneno celestial,
Corrosivo qual própria morte revestida.

Foi com aquele leve liquido venenoso,
Que corrompeu o corpo vigoroso

Descrevo devagar aquele pequeno ser,
De forma e aspecto vil e singular
As dúvidas sobre a morte veio especular,
Resposta que a psique não soube esclarecer.

Lembro-me do ser que possuía nome
E emergia do vago fogo das trevas: a fome.

Esclareceu-me as dúvidas tão complexas
Que possuía sobre os encantos universais,
Que nenhum livro usou palavras iguais,
Descrevendo a vida de forma tão cética.

Reflito absorto naquele anseio,
As respostas que negativamente receio,

Lembro-me nesse leito que os abutres rodavam,
Aquele pequeno e vil ser com um aspecto obscuro
Que foi suave e delicado revelando-me o futuro,
Poetizando a vida finita e as dúvidas que cercam.

Foi aquele leve liquido venenoso,
Que corrompeu o sentimento penoso,

Eu que lembro-me do meu funesto olhar,
O imanente e vil dançar de contexto espiritual,
Vi sobre aquele pequeno mar do leito primordial
O tão belo e funesto reflexo do luar!

Lembro-me do ser que era a viúva das trevas
Aquela pequena solitária por tantas eras.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Hades

Hades

No demasiado longínquo portal,
Eu vi o semblante feito de Hades
O semblante sem dó ou piedade,
Eu vi o descrito vortex dimensional.

No mais obscuro penhasco abissal,
Observei as três irmãs parcas
Absortas em linhas e suas marcas,
O rápido deslize ao ventre espectral.

Nos alucinados sonhos que tive,
Enquanto moribundo contava horas,
Eu vi as trevas no seu vil negror

Naquele vil e distante declive,
Onde não raiava os brilho da aurora,
Eu fui jazer em tamanho horror.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

História

História

Führer I

Alma amargurada pelo próprio destino
Vê-se atado nas rédeas e limitações,
Desgraçado pelas próprias criações,
Um mimado menino com sede do divino.

Trouxe consigo a desgraça humana,
Demonstrando o ódio do sangue germano
Demasiando o almejo de seres puritanos,
Emergindo o caos e a desgraça mundana.

Trouxe consigo a segunda guerra mundial,
Descalabro com o amaro ódio universal
Ritualística combinação de forma anormal,
Jugou-se ser de uma raça primordial.

Fez brandear os fervorosos canhões,
Cintilar o céu da tão bela frança
Sacrificou até pobres crianças
Encantado com as alucinações.

Contemplou a aurora marca por um véu,
Aquele que lembra um triste velório
Concebeu naquela terra o triste funerário,
Desgraçou própria pátria almejando o céu!

Holocausto II

Ouviram longínquo aviões e soldados gritando,
Demônios em formas humanas bradando,
Canhões armados e almas subjugando
Holocausto de um povo morrendo e agonizando.

Humanos aprisionados qual um enorme apartheid,
Corpos amotinados " vermes" foram julgados,
Qual enorme fazendo com mil cabeças de gado
O mundo lamuriou com tamanha crueldade.

Hitler trouxe consigo sua vil sociedade,
Usuário de um jogo de tantos interesses
Buscou a riqueza para seus prazeres,
Entoou um um grito de falsa divindade.

Ouvi descalabro os gritos estridentes,
Pulsando do seio de seres agora espectrais,
Urrando tão leve sussurros e gemidos naturais
Gritando as suas dores impertinentes.

Sendo breve o relato de forma espectral,
Deixo as dores das almas que jazem,
Entoando tantas lágrimas que mal dizem
As dores causadas pelo deus patriarcal!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Mortas almas

Mortas almas

No escurecer do crepúsculo matinal,
O ar dançante das covas violadas
Mortas arvores com vozes surradas,
Os galhos de um bosque ancestral.

O bailar épico alucinantes dos vultos,
Sombras e pecados vidas desterradas
Chagas e réstias vis e desgraçadas,
Vem de almas sem esperança e indulto.

No contemplar da afeição mortuária,
Traz consigo um funesto prefácio
Das estridentes vozes agoniadas.

Aquela que no dia jaz solitária,
Sepultada sobre um estreito palácio
Esperando escurecer a alvorada!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Nirvana

Nirvana

O bailar épico das estrelas transcendentes,
Donde aquele da paz profunda permanece
Confinado na essência da alma que adormece,
Deus e o humano visto de forma congruentes.

Consciente do metafísico e mórbido luar,
Aquele que se faz vivo quando outro ser poente,
Na outrora em que a morte se faz nascente
Pensamentos frios e mortais logo a esmagar.

Metáforas em formas da vida filosófica,
Escurecem a cientifica forma da razão,
Mentira e verdade viram ambiguidade!

Pergaminho sagrados visto com obras históricas,
Cortejam a vil humanidade com a cega imensidão,
Fecundam a jovialidade com falsas publicidades.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Versos

Versos

Na noite em que eu adormecia
Com a cabeça recostada no veludo,
O meu corpo era pútrido e imundo,
Eu com ar fúnebre preenchia.

Palavras com sombras desiguais
Passado, presente e futuro anormais
Versos com suas forças descomunais.
Tomos de ciência e magias ancestrais!

Expressava aquele vil e negro orbe,
Desde quando era a esfera torpe,
Expressei o primeiro conto espectral
Dialogo que nenhum ousou sonhar igual.

No surgimento dos portais universais
Fora-me concedido versos e poesias,
Relatando toda horrenda e vil profecia.
Ocultas nas grandes hordas celestiais!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Adágio




Adágio

Descrevo o que ouvi e era belo,
A sinfonia que tocou-me a alma,
Transparecendo a face calma
O universo único em estado paralelo!

Sendo madrugada quando entoou
As cordas daquele violino,
Que fizeram ranhuras no destino,
Quando a última nota ele tocou.

Era assombroso o que expressava
Fazendo até a morte lamuriar,
O que fizera com tantos em injúria.
Enquanto no canto ela sussurrava

Entoou os acordes mais uma vez,
Os anjos e querubins em prantos
E na lira não havia desencantos.
Só semblantes mórbidos de palidez!


Recomendo a leitura com tal música já que ela inspirou-me.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Altar

Altar

Serena ela vem e bate tão leve,
É a brisa que fugiu do inferno,
Trouxe a melancolia do inverno,
Revelando a eternidade em breve.

Foi naquele distante altar,
Que fiz os meus votos eternos,
O amor que pulsava do interno,
Num paraíso rodeados de pomar,

Sonhos que tive em belos campos,
Antes mesmo de proclamar o final,
Senti o descalabro frio anormal,
Agrilhoando-me qual infernal grampo.

Onde vi tão airosa e bela vida,
Porém num golpe de má sorte
Tão intrépida fora ela, a morte!

Componho o que é funesto,
E naquele único momento,
Que fora o meu casamento,
Vi ser tão nobre sendo desonesto,

Foi naquele distante altar,
Que declarei o meu amor,
Como um tolo sonhador,
Num paraíso rodeado de pomar.

Eu que compus a própria dor,
Escrevi as minhas desventuras,
Um conto da nobre literatura,
Onde deixo lhe tão bela flor,

Vou adentro do próprio mortório,
E na partida da vida incógnita,
Deixo as palavras não ditas,
Na lápide de meu velório.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Não espero mais nada




Não espero mais nada

Escrevo nessa noite de luar minguado,
Em que o sol viu cedo ser poente,
Absorto na morte que já era nascente,
Eu, com olhar fúnebre e alucinado.

Vi com os próprios olhos que negaram-se,
Acreditar na imensidão do universo,
Sendo tudo metáfora de verso e inverso,
Estava cômodo com o que formava-se.

Nos prantos a língua se enrolava,
Contando as estrelas que brilhava,
Enquanto fúnebres palavras sussurrava

Eu ser moribundo de vida finita,
Não creio em histórias que contavam,
Espero o ser que usa vestes distintas!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Bahugera Parte III

Bahugera Parte III

Nos mais distantes pesadelos,
Eu vi a fera renascer novamente,
A vida ali era fria e ausente,
A própria morte vil e sem zelo.

O ser que a minha alma assombra,
Num malévolo e espectral tormento,
Embalou meu corpo em lamento,
Suspirando do lado de minha sombra.

Urgiu no mais escuro portal,
Perseguindo-me em meu sepulcro,
Açoitando-me no meu múcron,
Limitando o eu sendo mortal.

Ser de terrificante aspecto,
Crucificou-me com seu anélito,
Degolando-me qual cabrito,
O seu sorriso havia um ar tétrico!

Levantou-se do abismo do tártaro,
Ser de insana e brutal misticidade,
Nasceu da mais profana fecundidade,
Tão temível quanto os antigos bárbaros.

Perseguindo-me além da vida,
Inescrupulosa era a besta fera,
Sendo meu tormento por eras,
Sendo o sacrifico a ela prometida!

Assombrou-me com seus tentáculos,
Que deparavam-me com as agonias,
Que descrevi em tantas poesias,
Como um fúnebre espetáculo.

Urgiu dos mais distantes portais,
A quimera de face e medo espectral,
Concretizava a profecia universal,
Tudo aquilo tornava-se versos reais.

Nos mais distantes pesadelos,
Eu vi a fera surgi do imaterial,
Sendo a vida vazia e essencial,
E a própria morte vil e sem zelo!