Entrances

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Canção do tempo


Canção do tempo

Entoa tão suave sobre meus ouvidos,
Quem me viu passar tantos anos
Observa tão frio as mutilações e danos
Este que ecoa qual mortal rugido.

Que alma ousou olhar a linha tênue
Do tempo que engole-me qual serpente,
Víbora, mortuária, frívola e paciente
Tão serena mas tem um brutal ataque.

Quão frio há de ser a mão da morte?
Onde há paz? Nesse infame orbe
A serpente engole o passado torpe
O futuro será meretriz de minha sorte?

Exausto de pensamentos fúnebres
Minha 'lma fraqueja sobre o relento
Quem ouviu a temível melodia do tempo?
Hoje adormece na parede do casebre.

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