Entrances

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Última Aurora

Última Aurora

Por capricho deste destino, nesta terra morta
Fui concebido, está agora minha terra natal
Tem me angustiado, a alma frágil e mortal!
Os dias a decorrer, pelo timbre infernal

Do mesmo relógio que bate noite após noite
Ao epitáfio da noite doirada, e amei mais
Sofri mais nesse inferno todo, angustiei-me mais
Nunca mais, nunca mais, repito noite após noite

O seio de gaia, agrilhoa-me a vida insuportável
Aos contos de Orion, dos amores imagináveis
Senti o ferrão do escorpião de formas inigualáveis.
As lâminas do destino, o conto insuportável

Eu que amei esta terra por razão que me cora
Ouço o orvalhar suave desta ultima manhã
Ao suspirar minha alma jaz no amanhã
Que deus, permita-me que seja a ultima aurora!

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