Entrances

sábado, 18 de outubro de 2014

A consciência

A consciência

Das ermas portas do tártaro minha ‘lma
Brada vorazmente contra os grilhões
Podres, contra os pecados e maldições
De outrora, dos receios de minha ‘lma

Poderia nessa erma noite em saber
Que a maturidade, algoz de minha inocência
Essa jazida precocemente na ignorância
Da santa casa, sobre o tumulo que não se vê

Vago ermo entre as portas desta terra
Entre o tão longínquo rio Estige
Que essa terra de deus toda aflige
Quem sou eu? Perto desta quimera

Dos sonhos inocentes que tive a décadas
Atrás, dos poemas escritos naquele jazigo
Da infância forrada pelas sementes de trigo
Daquela distante terra agreste mal amada

Hoje não sinto remorso por minha partida
Desta terra não há poema, verdade ou mentira
Que leve, só está marcada alma que se retira
Com as chagas e a casca demasiada ferida

Pelas más influências dos signos do zodíaco
Minha ‘lma jaz entre as tumbas do Elisio
Quimera mitológica pela maldição de sifinsio
Bahugera, esta praga de um maldito hipocondríaco

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