Entrances

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Psicologia Pessoal - Em busca de Afrodite

Em busca de Afrodite

Eu, tenho vivido nesta terra abençoada
Por uma força imanente e impotente
Tenho também sofrido qual doente
Moribundo, nesta terra amaldiçoada
Sou e fui o poeta de minha vida e dos sonhos
Estes tão doirados, quase fictícios
São visões deste verdadeiro paraíso?
Toda realidade é este fatídico eufemismo

Nesta terra abençoada, vim ao mundo ermo
Sim, vagando entre experiências
Vazias, entre as catacumbas de meu pensar
Venho entre mil e uma madrugadas conjecturar
As verdades imposta, entre os termos
Da imortalidade, das artes, das ciências
Sofro cada dia mais em busca da verdade
Acobertada entre mil e uma fatalidades

Passaram-se noites em claro desde meu nascimento
Sim, aquele belo e vil auroreal momento
Onde as estrelas do imenso céu celeste
Designaram o intrépido e vil destino
Esta sina, marcada por forças imanentes
Que deus ou força imanente conjectura esta verdade
Impondo-me a essas vazias nulidades espirituais

Sim, andei ermo e marchei firme por esta terra
Que desola toda alma em dor aguda
Onde a única certeza é o enterro no sol
Poente, e a cova já são tão profundas
Que torna nula a tentativa em prol
Desta vida, sim é neste sepulcro e nesta terra
Que vivo em tamanhos desencantos celestes
Sim, não resta mais nada se não a sombra do cipreste

Nesta terra de ninguém, os pensamentos são incertos
A paranoia é um mal contínuo, uma doença eterna
Os dias são longos, o medo é interminável
O descanso é um sonho quase impossível
Todo dia o brilho doirado das manhas de taverna
O cheiro de álcool espalhado em muros de concreto
Entre os sonhos quase esquecidos dessas manhãs
Queimando em labaredas infindas em minha massa

Todos os dias que passam intermináveis
Passam de forma vil, lenta, amarga e ranzinza.
São apenas pensamentos até o atual momento
Dos semblantes que atenuam qualquer sentimento
Desgastados entre as labaredas de minha mente
Que vai e vem, tudo é interminável e ausente
O dia vai em inúmeras e incontáveis variáveis
Restando-me apenas flashes e cinzas

Os flash queimam iguais a filmes antigos
Abandonados entre as caixas de um sótão
Que certa vez a inocente criança, as reproduziu
Todo o passado desfez em fogo, sumiu,
Todas as imagens do passado, o brasão
De nossas famílias é o nosso vil jazigo
Sim, nas primaveras de folhas mortas
A minha 'lma em sua porta se reconforta

Olhe as estrelas distantes do céu celeste
Que expurgam as memórias esquecidas
Que arderam em labaredas, infinda
O fogo brandiu, e tudo virou cinzas
A criança antes sorridente e inocente
Não passa agora d'um velhaco ranzinza
Toda essa singular dança imanente
Repete-se no passado, futuro e presente

São sonhos, de outrora, são desta vida
Desta terra erma, essas reflexões perdidas
A sondar meu córtex cerebral, os laços
Formados em meu cérebro, refletem
Os sonhos e sentimentos, vividos
Entre o cheiro da fumaça, esquecidos
As memórias perdidas, repetem-se
No último tragar deste meu maço

Na noite essas memórias em fervorosa ascendência
Repetem-se num rodopiar infernal
Passa ela em claro, revendo minhas feras
O monstro de minha 'lma, maldita criação
Sonhos perdidos, pela influência zodiacal
As estrelas que regem esta citação
Somos todos uma gigantesca e vil quimera
A engolir-se por inteiro nesta decadência

Essas memórias, essas vozes na noite infinda
São de onírica e abissal magnificência
O beijo de minha amada deusa Afrodite
Parecem sonhos que nunca os tive
É esse interminável filme em preto e branco
Cenas de amor, de terror que perfura meus flancos
Continuo exausto confrontando as ciências
Ao buscar as repostas quais jamais obtive

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