Entrances

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Um último soneto( antes da morte)

Um último soneto

Iminente e tão hipócritas palavras
Gritava com ódio aos sete ventos
Numa espessa neblina de vil aspecto,
Fazendo-me de sua vontade escrava!

Vislumbrei a sua face na penumbra
Algoz e astuta, ali ocultava-se
Observando meu corpo que adormece
Encoberto por um vermelho, de cor rubra

Oh! Minha morta 'lma que do corpo fugiu
Adentre em seu eterno descanso
Pois na sua lápide jazia um último soneto

Leve e perfumado qual brisa primaveril
Orvalhava do aluminado paraíso
Um distante e ungido lar secreto

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