Um último soneto
Iminente e tão hipócritas palavras
Gritava com ódio aos sete ventos
Numa espessa neblina de vil aspecto,
Fazendo-me de sua vontade escrava!
Vislumbrei a sua face na penumbra
Algoz e astuta, ali ocultava-se
Observando meu corpo que adormece
Encoberto por um vermelho, de cor rubra
Oh! Minha morta 'lma que do corpo fugiu
Adentre em seu eterno descanso
Pois na sua lápide jazia um último soneto
Leve e perfumado qual brisa primaveril
Orvalhava do aluminado paraíso
Um distante e ungido lar secreto
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