Sombras entre tumbas
Onde meu corpo se encontra a horas tais,
A mente nesse enfermo frio adormece
Reveste-me em sombras e vultos do agreste,
Urde e berra a secos ventos, medos desiguais.
Quem sabe a palavra a ela concebidas
A morte, aquela que espero ansioso.
Observando me em fardos penosos,
Desprender-me de dores esquecidas
Quem sabe onde as andam as sombras,
Aquelas que em ermos túmulos rastejam
Suas chagas a meu corpo praguejam,
Excruciando-me a um nirvana em penumbra.
Vivo de um mal agouro espiritual,
Ou talvez cousas da mente irracional.
Que arde a massa em forma demencial
Carbonizando-me a um leito universal!
Quem pode-me dizer nessa noite,
Onde vejo trevas e escuridão rugindo
Vozes fragmentadas culpam-me infindo,
Espero o porte de meu pai a vulgar morte.
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