Entrances

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Desespero da alma


Desespero da alma

Arde em meu peito vil maldição,
Enlouquece a mente leve e oca,
Vestígio duma alma já louca
Desespero oculto entre o coração.

Que onírica e maldita sina,
Perdura entre a estrelas celeste,
Qual vultos perdidos no agreste
Onde a respiração é escassa e fina.

Lembro-me bem do frio de dezembro,
Da abissal praga de primeiro de janeiro,
Donde essa persegue o mundo inteiro
E o que resta? Um culto em novembro.

O desespero que arde em minha mente,
Talvez seja um mero e desconhecido medo,
Que acoita o mundo desde muito cedo
Será a loucura uma mente ciente?

A inania das palavras da alma morta,
Entope o peito de infindo sofrimento,
Donde o choro só expressa lamentos
Talvez não haja saídas ou portas.

Não sei e o calor da massa cinzenta
Desafogue a alma de seus martírios,
Onde só há fúnebres e únicos lírios
Venha interromper a loucura virulenta.

Espero que essa tamanha enfermidade,
A cura seja descoberta, e a alma repouse,
Talvez até lá a morte sobre mim se ouse
Rogo prece, pois não suportarei a eternidade.

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