Realidade universal (Bahugera Epitáfio) Parte 2
O conto
Grandiosa e vis trevas, onde vi nascer a fera.
Transparece a eufórica visão da morte,
Qual vem desconhecida na má sorte
Oculta na escuridão por mitológicas eras.
Foi num eclipse solar, o dia com ar soturno,
Que absorto no abissal vortex espectral
Renascer o monstro do vazio infernal,
Donde os corpos vêm de diálogos taciturnos.
Foram tantas vis e longínquas trevas
Que observava do vortex sobrenatural,
Corvos sussurrando o medo desleal,
A fera ou morte esperava-me por eras.
Naquele inóspito e horrendo mundo,
Que transparece a euforia visão da morte
Qual vem desconhecida na má sorte,
Que fui jazer em um sono profundo!
O ritual
A venho mais uma vez descrever meu medo,
Aquela agonia desconhecida e humana
Que vem atormentar a mente vil e insana,
Aquele que me faz padecer jovem e cedo.
Trágicas histórias de ritualístico embalar,
Onde corpo e alma vão se separar
Misticismo, onde a psique vem sangrar,
Deus ou fera de mil olhos a ressuscitar.
Sons emanam daquele inferno secular,
Trazendo consigo urros vis e imaculados,
Psique e corpo de um ser deformado
Verdades impossíveis vêm agora especular.
Quem ousou? Renascer o deus do horror.
Despertar toda agonia desconhecida e humana,
Que diabos atormenta a mente fraca e insana,
Os sons do tambor, louvando aquele senhor!
Renascer
Profano e vil. Distante reina o purgatório.
Prisão destinada ao deus dos horrores,
Aprisionando ser de portes vis e superiores
Indizíveis portais de verdades e sacrifícios.
Trago tamanha e horrenda verdade,
Qual foge de todas supérfluas vaidades
Desmascarando até a tola vitalidade,
Trago-lhes sem piedade a realidade.
O despertar da imanente besta fera,
Donde os corpos e almas vão se separar,
Misticismo, onde a psique vem sangrar
Donde somos nada a não ser quimeras!
-Que mortal? Ousou enxergar o universo
Contemplando o nascimento celestial,
A maldita verdade do fogo negro infernal
Qual morta observou? A vida de ponto inverso?
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