Em sua ausência
Na noite que fui cedo deitar-me,
Com as belas estrelas noturnas
As memórias de tudo, soturnas
A brisa tão leve a embalar-me.
Eu naquele eclipse noturnal,
Da lua negra que fugia da mão
Todas as palavras ditas em vão,
A um vulto de forma espectral.
Pranteei ao tão vasto céu,
As palavras tão abomináveis,
As dores das almas incomensuráveis
E suas réstia em um mausoléu.
Eu em sua ausência venho escrever,
E aqui espero que possa ouvir
As palavras que não puderam sair,
Quando em seu leito foi padecer.
Eu com naquela agonia que perduro,
Nas infinitas noites de céu escuro,
Vejo a finita vida e o intrépido futuro
Que jaz como um feto prematuro.
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