Entrances

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Incontestável dimensão - Abismo do consciente (Bahugera)

Incontestável dimensão - Abismo do consciente (Bahugera)

Pouco a pouco esvaiu-se a minha compreensão
Sobre a física e a ciência tão complexa do universo
Transgredindo minha massa cinzenta ao inverso
Tão inútil qual ameba é agora a podre visão

Esta edema que dissolve cada dia mais e mais
De minha massa cerebral até restar nada e nada
Dissolvendo aos poucos as lembranças amadas
Até ouvir o velho corvo de Poe anunciar nunca mais

Esse câncer cerebral que toma conta de minha 'lma
Tão agressivo que mais parece minha besta fera
O deus que dei vida e persegue-me chamado Bahugera
Mais do que cedo a de ceder a infame e letal calma

Incomensuráveis formas vis e nefastas urram
Na infida e imanente calmaria desta tenebrosa noite
Em que até a acerva morte há de estar no calar da noite
Entre tantas vozes que no córtex sussurram

Que forma vil minha besta fera conjecturou
Entre tantas tenebrosas torturas mentais
Maldita quimera escolheu as primordiais
Está em que meio mundo já naufragou

Esse câncer cerebral que toma conta de minha 'lma
Veio no calar da noite atormentando a boca
Está tão seca que deixou a mente quase louca
Deu-me o gosto tão cedo da infame e letal calma

Alucinações malditas que nunca se extinguem
Que há de perturbar-me por toda vil eternidade
Não havendo réstia ou traço de humanidade
Por toda minha alma, há de sumir qual fuligem


Tenho esse gosto amaro em minha boca morna
Intragável qual a terra que há de sepultar-me
Essa loucura que aos poucos há de matar-me
Esse veneno que a minha espinha entorta

Esse câncer cerebral que toma conta de minha 'lma
Foi criado a combater meus medos, essa quimera
Que transmutou-se a minha personalidade, Bahugera
Há de extasiar-me cedo com a infame e letal calma

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