Porta do abismo - Lago Umbral
Na parte vital de minha profunda calma
Ainda resta o deus em forma de fera
A odiosa e primordial Bahugera
Que no calar da noite destrói-me a alma
Adentro desse tenebroso e vil portal
Que alma alguma mortal ou imortal
Ousou fitar os vultos do vazio infernal
Estes carregam o peso do fim universal
Quem há de explicar o que chamo de vida?
Quando tão pouco se sabe sobre a morte
Essa que no bailar da noite vem a sorte
Quem há de explicar as dores infindas?
Na câmara onde pulsa os mistérios da vida
Ainda resta o deus em forma de fera
A odiosa e primordial Bahugera
Transtornando tudo a eterna e vil despedida
Adentro desse tenebroso e vil portal
Temo a imensa e gigantesca besta fera
Que a muito conheço por Bahugera
Esta que carrega o peso do fim universal
Esta cruz que carrego vil tortura
Reside na parte abissal do lago umbral
Este tão próximo a meu córtex cerebral
Atormenta a imanente loucura
Que alma há de aliviar a dor imanente
Que pulsa ainda forte em meu peito
Esta fera que ainda leva-me ao leito
Aos poucos transforma-me em doente
Na parte vital de minha racionalidade
Ainda resta o deus em forma de fera
A odiosa e primordial Bahugera
Esta outra face de minha identidade
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