Entrances

domingo, 2 de outubro de 2011

Imanente poesia

Imanente Poesia

Um verso a mais reserva-me o destino,
Ao meu leito posposto ao pé da cova.
Mil lágrimas bastardas e surradas rosas,
Esperam-me mais que brevemente, morte?

Via no espelho que uma lamúria resguardava,
Toda essa enferma e vil destruição,
Qual temível ferrão de escorpião,
Era a minha imanente e cruel injúria.

No reflexo da penumbra, atento ouvia,
O choro da criança, presa no quadro,
Notava-se grande e certa inânia,
Do choro morto e do gosto amargo.

A amargura que rasgava o céu da minha boca,
Igual a cruel lâmina que perfurou cristo,
Rasgou o meu peito como concha oca.
Oh Imanente poesia! Fez-me de ventríloquo!
Nas réstias desse asqueroso destino!
Em homenagem ao nome do meu blog e de como essa sina maldita se apodera de mim e de todos os poetas.

Um comentário:

  1. Ser ventríloquo da poesia é praticamente uma SIMBIOSE meu jovem poeta, assim como a estrela é do cosmos, e digo mais, você é um VENTRILOKO QUE DETONA MINHA INSPIRAÇÃO CAUSANDO PIRAÇÃO UAHAUhauuAUAuhuhHUAHU gostei mais ainda da parte que falou sobre o escorpião, kkk, principalmente por ser escorpiana e em certas vezes ser meio escorpiANTA outras vezes ecorpiCANTE , sei como é esse veneno místico que nos fere por vezes d uma forma austral :)
    Parabéns insano, não pare de poetizar, este blog mais parece um templo de emoções. Bjóks:* (Dindal)

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