Entrances

sábado, 29 de outubro de 2011

Diálogo de um só

Diálogo de um só

Nota-me com uma certa diferença
Em minhas pálpebras que escondem
Um desprovido vil caso do além
Sinto-me como uma infeciosa doença

Nesse beco que oculta-me a visão
Distorcendo o que há de fúnebre
Obrigando-me a um velho casebre
Em que vejo uma eterna maldição

Ao nascer desse inverno que perdura
Meus eternos contos, cruel, eu te amo
Porém, moribundo no canto lhe chamo
Aqui desprovido de uma cura

Observo-me como um réu presente
Absorto nesse fatídico surrealismo
Um reflexo do louco, fanatismo?
Palavras de um pútrido poeta doente!

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