Diálogo de um só
Nota-me com uma certa diferença
Em minhas pálpebras que escondem
Um desprovido vil caso do além
Sinto-me como uma infeciosa doença
Nesse beco que oculta-me a visão
Distorcendo o que há de fúnebre
Obrigando-me a um velho casebre
Em que vejo uma eterna maldição
Ao nascer desse inverno que perdura
Meus eternos contos, cruel, eu te amo
Porém, moribundo no canto lhe chamo
Aqui desprovido de uma cura
Observo-me como um réu presente
Absorto nesse fatídico surrealismo
Um reflexo do louco, fanatismo?
Palavras de um pútrido poeta doente!
Nenhum comentário:
Postar um comentário