Entrances

sábado, 29 de outubro de 2011

Último julgamento

Último julgamento

Neste solo amaldiçoado, vil dormente
Resguardo minha enlouquecida alma,
Jazendo sobre uma ungida calma,
Na noite eterna e esse sol poente!

Aqui onde embriago meu funesto corpo
Com esse néctar mais que maldito,
Aterrorizado pelo divino veredito,
Onde sou conhecido com o réu de todos!

Neste mausoléu vejo seus semblantes
Na penumbra do único e o escuro.
As incertezas, desse templo obscuro!
Pobre insano, de sua dor real amante.

Aqui onde embriago meu funesto corpo,
Com esse néctar mais que maldito,
Observo o reflexo do moribundo morto!
Com as certezas do vil universo, desconhecido.

Vejo que tão longínqua e profunda é a morte
Magnânima, sua face o mundo desconhece
Porém os d' um sono tão belo, a conhecem
Dignos de um abençoado de iníquo porte!

Neste solo amaldiçoado, vil dormente.
Resguardo minha enlouquecida alma,
Jazendo sobre uma ungida calma,
Na noite eterna e esse sol poente!

Nenhum comentário:

Postar um comentário