Entrances

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A pintura





A pintura


Mórbido e frio no fundo do quarto,
Estava ali o que jaz há tanto tempo,
Perturbado pelo indizível e vil minuto
Absorto no que há, o eterno luto!


Ofuscava-me a perfeita anatomia,
Estendendo-se pelos outros o funesto
Semblante, perdurando sob o corpo
Lágrimas escoavam e total inania.


O desespero sem fim da mãe pelo filho
Horrenda, a cena que foi-se eternizada.
Onde as réstias do vulto é mais nada.
Donde se repetem gritos de dor e o barulho.


Jazendo ali ser de extrema alvura,
Repousado sob o seio da mãe em prantos.
Com a inocência de criança e seu encanto,
A morte de cristo na perpétua pintura

Nenhum comentário:

Postar um comentário