Entrances

sábado, 12 de maio de 2012

Aos meus entes que partiram

Aos meus entes que partiram

Nessa noite de luar minguado,
As memórias trazem a dor
E o que fora deixado? O amor.
A saudade do que fora no passado.

Escrevo não por simplesmente arte,
Ou esse amor que eu tanto tenho
Mas pelos martírios que mantenho,
No meu coração que morre em partes!

Aqueles que partiram sem prévio aviso,
Sem que minha mente se preparasse
A lamuriar pela vida que não restasse,
E ver pela última vez o teu sorriso.

Nessa noite de luar frio e branco,
As memórias despertam a dor,
Saudades d'um pai sonhador
Ai! Pudera ele agora ser um santo

Escrevo por ter essa dor profunda,
Que sufoca-me garganta e pulmões
A prisão nesse fortes grilhões,
Num coração em frias catacumbas.

Conto com a manhã vil e profana,
Aquela que lhe tirou a vida
Com voraz fome vil e imunda,
Consumindo a essência humana.

Dói ver o seu corpo no enterro,
E a face do pai, em seu leito
Chorar sobre seu frio peito,
Observa a alma em seu desterro.

Espero que no seu paraíso sepulcral,
Em coberto de tantas mil flores,
Jazendo com seus próprios valores
Pois em meu peito será essencial!


Uma pequena homenagem a meu pai. Egberto Mayrinck Azevedo de Castro

Nenhum comentário:

Postar um comentário