A carta (Inania verba)
Escrevo sobre essa vil encruzilhada,
Que persegue-me desde o nascimento
Crucificando-me em fúnebres momentos,
Trago um fato, uma carta amaldiçoada.
Soturna e de mansinho invade a noite,
Dita com sabedoria um sono profundo
Dispersa a dor dum corpo moribundo,
Imanente deus que vive no açoite.
Deixo simples e únicos versos melancólicos,
Esses que nessas cartas são eternos,
Onde o corpo não padece perante o inverno
Túmulos erguidos são apenas simbólicos.
Deixo essa carta que fere meu coração,
Com palavras que não tenho força a expressar,
A psique que foge a fim de se completar
E o corpo deixado em um sepulcral caixão.
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