A peça da morte o quarto ato
Apocalipse ou loucura?
A terra ardia de forma vil em janeiro,
Mas um leve sopro místico trouxe a brisa fria,
Uma alma erma e frívola na escuridão sorria
Foi quando deparei-me o céu negro por inteiro.
Não era a escuridão normal daquela noite,
Havia um traço ritualístico no céu obscuro,
Algo imparcial que trazia na mão o futuro
Congelei-me ao vê-la saindo de seu açoite.
A morte trajando sua mortalha de tantas eras,
Interrompeu os gritos estridentes de janeiro,
Essa que já estava devorando o mundo inteiro
Veio emancipar o fim do mundo em trevas.
Eu tremia com sentimentos de fins espectrais,
Os amplos braços da morte que envolvia o orbe,
Observei a mortalha que envolvia-me num vislumbre
Senti um calor que parecia vir das fornalhas infernais.
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