Entrances

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Decomposição de minha alma


Decomposição de minha alma

Era frio numa madrugada de janeiro
Eu, vagando entre portas universais
Essas de meus contos e versos infernais
Mentiras, onde nada era verdadeiro.

Eu, que na imundice total da vida,
Desenterro segredos tão inúteis
Engolindo-me qual serpentes fúteis,
Tão vis quanto minha 'lma esquecida.

Observo tão vivo a catástrofe humana,
Essa que as consequências são chagas
São minhas chagas infindas pragas,
Que ecoam qual morte soberana.

Eu sendo a cousa que trouxe o fim,
Temo a morte por medo e nada mais
Nos desencantos das hordas celestiais
Encanto-me com a gélida mão de marfim.

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