Entrances

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A peça da morte - segundo ato O suicídio na rua principal


A peça da morte - segundo ato

O suicídio na rua principal

A terra parecia ter invocado o inferno,
A noite escaldante qual vil fornalha,
A morte sorrateira entre suas frias mortalhas,
Cortejava pobres alma com seu abraço materno

Não sei nada sobre as vozes lamuriantes,
Que ecoavam na noite silenciosa
Podendo ser um teatro da mente fantasiosa,
Por escorrer prantos pelas vestes sangrentas.

A morte a muito espreitava-me nas trevas,
Doce e voluptuosa em suas negras mortalhas,
Talvez fosse eu que a deseja-se com suas falhas
Nada de anjo exilado como contado a eras.

Essa morte que passa vazia no mundo,
Talvez seja notada pelo excessivo fracasso,
Essa carta é feita entre escarros do maço
De cigarro, talvez seja tudo mais profundo.

Eu que prefiro meu nome aqui não citar,
Entre esses versos de loucura infinda,
Prefiro jazer antes de toda agonia prometida
Essa que o santo livro anda a profetizar.

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