Entrances

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Inânia Verba 3

Inânia verba 3

No timbre do simplório relógio
As horas passam qual morte,
A espera torna-se certa a sorte
Palavras ríspidas de vil ódio.

Oculto o que na alma sinto,
Talvez seja mera falácia,
De minha voz e a ineficácia
As palavras vazias a um labirinto.

Nessa agonia intermitente,
Que vem do relógio fúnebre,
A memória miserável e insalubre
Morre de forma vil e inconsciente

Que morta alma a de expressar
A voz amara e o sangue morto,
Corroendo o ferro qual água do porto
Corroí-me agora, um dia tudo vá cessar.

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