Entrances

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O sol se põe e nasce a escuridão (Bahugera a morte do deus Parte 3)


O sol se põe e nasce a escuridão (Bahugera a morte do deus Parte 3)

A vida se Põe

Quem já ousou ver através da alma,
Num espelho que reflete a vida,
Em vis dimensões que são infindas
Que alma suportou a loucura da calma.

Era no rigoroso inverno de dezembro
Eu vagava entre lugares e era em vão,
Minha quimera deixara-me a solidão,
Ah! É essa amargura que me lembro.

Que minha pobre alma que pranteia,
A secos ventos e grita inane a loucura,
Tem essa maldição que a alma perdura,
E morro mais e mais nessa vida que receia,

E anseia o momento do milagre do nascimento,
Como receia ter nascido em vil esfera torpe
Que contamina a alma com a vida deste orbe,
E toda alma já sem esperança aguarda o julgamento.

Nasce a escuridão oriunda da quimera

Minha 'lma vil que desfalece cada vez mais,
Nesse funesto seio de toda e vil demência,
Em que a alma sofre com a própria essência
Do ser consciente que urra de fossas infernais.

Quem já observou o reflexo da própria alma,
Talvez, seja só a minha que possua vil criatura
Que ser algum vil igual e traz tamanha amargura,
Por onde anda aquela que na solidão me acalma.

Quem muito conhece de minha infame quimera,
Essa besta ou deus que provem de vis era,
Que pobre alma além de mim ouviu a besta fera
Essa que atende pelo nome de Bahugera.

Eu que na penumbra da noite chuvosa,
Absorto de enferma dor pela mutação da fera
Pude finalmente ver a real forma de Bahugera,
Eu absorto naquele mal vil da noite umbrosa.

A transformação (O começo da queda)

Que alma há de suportar imanente loucura,
Qual corpo há de suportar essa mutação,
De todos os contos essa não é atuação
Todo o segundo torna-se vil qual tortura.

Eu nesse quarto nessa noite chuvosa,
Oculto na penumbra, só um lampejo,
De luz atravessa o quarto pelo azulejo
Rajado que há na parede, o céu furioso.

E o céu que anuncia o nascimento em água,
Uma chuva nunca antes presenciada,
Essa noite a muito fora profetizada
O santo céu castigara a vida qual praga.

Nesse fúnebre e pequeno quarta a alma jaz
Nessa vil inania da vida entre as trevas,
Há minha 'lma quase morto no chão a eras
Agrilhoada a quimera cada vez mais e mais.

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