Fúnebre Alusão
O tempo que a muito abandonou,
A pobre alma que há no túmulo,
Trancafiada no cadáver nulo,
Vítima da vida que desmoronou.
O badalar e o frio vento,
Únicas lembranças realistas,
Relatadas pela alma pessimista
Que reside logo ao centro.
Não era a fértil imaginação,
Pois o que via ali lamuriando,
Pela vida arrancada de suas mãos.
Era a pobre e não simples alusão,
Praguejando pela vida passada
Ao leito do túmulo, jazia irada.
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