Entrances

domingo, 8 de janeiro de 2012

Fúnebre alusão

Fúnebre Alusão


O tempo que a muito abandonou,
A pobre alma que há no túmulo,
Trancafiada no cadáver nulo,
Vítima da vida que desmoronou.


O badalar e o frio vento,
Únicas lembranças realistas,
Relatadas pela alma pessimista
Que reside logo ao centro.


Não era a fértil imaginação,
Pois o que via ali lamuriando,
Pela vida arrancada de suas mãos.


Era a pobre e não simples alusão,
Praguejando pela vida passada
Ao leito do túmulo, jazia irada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário