O Eu Poeta
Dos mais longíquos sonos,
Vivo na sombra do ambíguo,
A morte sendo ser iníquo,
E o destino sendo monótono
O eu lirico que viveu a tragédia,
Praguejando e lamuriando,
A si mesmo amaldiçoando,
Qual divina comédia!
O eu poeta frio que jaz,
Na penumbra de meus umbrais,
A forma espessa e espectral,
A singular dor de forma natural!
Nos dias de vida fantasiosa,
Em que sou a criança morta,
Abandonada em sua porta,
Sendo a morte assombrosa.
Eu, que no alucinar cósmico
Sofri com os meus sentimentos,
Desde meu fim ao nascimento,
Eu vi o encaixar do quadro lógico.
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